“Tive contato com a desigualdade desmascarada”, conta egressa que atuou com refugiados | Alumni Unesp
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Publicado em:
16/04/2024
16/04/2024
Tempo de leitura: 4 min

“Tive contato com a desigualdade desmascarada”, conta egressa que atuou com refugiados
Por dois anos, Suelen Nina Kanashiro atuou em uma Organização Humanitária


O conhecimento em Relações Públicas acompanhou Suelen Nina Kanashiro durante a graduação, sua carreira corporativa e também quando ela atuou na organização humanitária Refúgio 343. A unespiana se formou em 2013 e, em seguida, foi aprovada como trainee da Vivo, mas o contato com a organização Young World (Um Mundo Jovem) transformou sua visão e seu caminho profissional. 


Após 3 anos trabalhando na empresa nacional “Vivo” na Diretoria de Comunicação Corporativa, a jovem foi selecionada para participar de um evento global no Canadá. Young World é uma organização sem fins lucrativos fundada na Inglaterra, que reúne anualmente políticos, ativistas, economistas e líderes jovens para discutir sobre problemas globais e soluções. Essa iniciativa tem cerca de 500 empresas aliadas e financiadoras.


“Além da intersecção cultural, lá, pela primeira vez, tive contato com uma realidade fora da minha bolha social. Ao voltar, passei 2 anos com um comportamento que chamo de ‘reclamar no conforto do sofá’, que para mim significa despertar para as mazelas ao seu entorno e, no conforto do seu sofá, começar a questionar, discutir, reclamar, sem fazer grandes movimentos para mudar a realidade. Isso aconteceu comigo, porém após 2 anos, tive a oportunidade de ter uma segunda grande experiência que mudaria o rumo da minha vida”, recorda a unespiana.


Refúgio 343


Suelen foi novamente selecionada pela Vivo, mas dessa vez foi enviada em um trabalho voluntário na Tanzânia. “Foi a primeira vez que tive contato com a desigualdade desmascarada, com a dificuldade de acesso aos direitos básicos do ser humano, onde o romper da bolha foi total e intenso. Esse despertar é um caminho sem volta. Uma vez que você enxerga as bolhas além da sua, a primeira reação é se chocar. Em 2019, decidi que era hora de eu fazer algo diferente com as minhas próprias mãos. Era hora de eu parar de reclamar e, de fato, fazer alguma coisa”.


Junto com alguns colegas da Young World, a egressa fundou uma organização humanitária chamada Refúgio 343 e passou a atuar com refugiados e com a crise migratória que acontece em Roraima. 


“Trabalhei com habilidades adquiridas em Relações Públicas, exerci papéis estruturais, operacionais e de captação de recursos. Optei por deixar de lado padrões e perspectivas (principalmente financeiras) estáveis e seguras para mergulhar de cabeça na causa de refugiados. Essa experiência ocorreu entre meus 28 e 30 anos e sinto que foi tempo suficiente para aprender da vida o que nenhum achismo poderia me dar. Em vez de ter começo, meio e fim, prefiro dizer que essa experiência teve um despertar e uma ressignificação do meu papel no mundo”. 


Suelen conta que durante este período enxergou uma realidade dura com uma falta de direitos humanos em ambientes de extrema vulnerabilidade.


A egressa conta que a tarefa de “mudar o mundo” pode trazer uma sensação de frustração por não conseguir alterar por completo as mazelas encontradas. Ela ressalta que um conjunto de pequenas ações são o que, de fato, podem transformar a realidade. “O que muda o mundo, no fim das contas, são as pessoas, onde quer que elas estejam”, ressalta.


Foram 2 anos de dedicação à causa dos refugiados, em que a egressa passou por experiências difíceis mas também transformadoras. Hoje, ela trabalha no mercado corporativo com Gestão de Pessoas e tenta incentivar quem está no seu entorno a rever comportamentos, mudar perspectivas e construir uma cultura com valores e atitudes. 


Relação com a Unesp


“O que carrego da Unesp e de tudo que aprendi em Relações Públicas é acreditar na Comunicação como poderosa ferramenta para dialogar com diferentes públicos, utilizei esses conhecimentos em todas as fases da minha carreira e da minha vida, habilidades de comunicação que são imprescindíveis para impactar positivamente nosso entorno e o comportamento das pessoas em prol de um propósito”. Suelen também pontua o seu orgulho de ter feito parte de uma das melhores universidades do Brasil.




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