
Larissa Dionisio é nascida na capital, mas cresceu em Assis (SP). Uma cidade tranquila onde a Unesp “tem um campus muito icônico”, segundo ela. Durante sua juventude, a egressa fez parte de uma companhia de dança independente, esse foi o seu primeiro passo no mundo da Cultura e a experiência a marcou. Com intuito de buscar uma formação ampla, que permitisse uma atuação cultural e social, ela optou pelo curso de Relações Públicas (RP) da Unesp em Bauru em 2009.
A formação em RP é abrangente, os profissionais desta área podem trabalhar em empresas, instituições do governo e no terceiro setor, entre outras atuações. “Eu entendo que sou uma pessoa que o profissional faz parte da minha identidade, logo, minha atuação também tem o propósito de transformação social”, declara a egressa.
Ela também destaca quanto suas experiências passadas também influenciam suas decisões profissionais. “A vida de bailarina de uma companhia de dança independente e sem apoio financeiro mostrou o quanto é possível e necessário a profissionalização do campo da cultura para o desenvolvimento de capacidades cidadãs e individuais”.
Além de atuar com Cultura e com transformação social, ela também pesquisa, de maneira independente, questões ligadas à América Latina.
Divisor de águas
Uma experiência que também abriu os olhos e despertou a curiosidade motriz da egressa foi um intercâmbio. Através da Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu (AUGM), Larissa passou 6 meses na Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina, uma das mais antigas das Américas, fundada em 1613.
“Foi uma das experiências mais impactantes e incríveis da minha vida. Pensar em um intercâmbio era algo fora da minha realidade pelo fato da minha condição financeira” , relata.
Ela também afirma que essa experiência foi fundamental para o seu entendimento identitário. “O mais importante foi me reconhecer mulher latinoamericana, essa identidade que fica afastada de nós e que é tão presente, por isso falo que me reconheci. Afinal, a latinidade já estava aqui, porém com a experiência do intercâmbio é que consegui acessá-la”.
O aprendizado de espanhol foi positivo para sua carreira, uma vez que a egressa se interessa por atuações e pesquisas envolvendo a América Latina. “Tive também a oportunidade de colaborar como voluntária em festivais de cinema na cidade de Córdoba, ampliando meu foco para gestão cultural”.
Relação com a profissão
Após sua formação, uma das experiências profissionais mais importantes na trajetória da egressa foi a sua atuação no Instituto Update, onde Larissa permaneceu por 7 anos.
Ela explica que o instituto pesquisa e fomenta a inovação política na América Latina. Segundo o site da organização, um dos objetivos é buscar que os sistemas políticos sejam mais participativos e populares, com maior diversidade e representatividade na América Latina.
A egressa atuava como assistente de campo e pesquisa no Núcleo de Inteligência. Depois se tornou produtora executiva de todas as pesquisas e produtos culturais (eventos de lançamento, séries audiovisuais, podcasts e webséries). Ainda foi coordenadora da pesquisa Jovens no Poder e teve uma atuação na área institucional como analista de pessoas e cultura por 8 meses.
Atualmente, a unespiana é uma consultora independente, com atuação em projetos de impacto social e cultural. Também é colaboradora do Laboratório Brasileiro de Cultura Digital (LabHacker) da Câmara dos Deputados. O projeto atua em prol da inovação cidadã, transparência, participação social e cidadania.
“Sendo assim, minhas ocupações sempre caminharam nessa jornada do impacto social e cultura, compreendendo a realidade socioeconômica do país e da região latinoamericana, construindo pontes e ações que façam essa interação de forma a provocar mudanças culturais e sociais necessárias para a equidade”, conclui Larissa.