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Publicado em:
08/05/2022
08/05/2022
Tempo de leitura: 6 min

O primeiro Projeto de Lei sobre Arborização Urbana foi coordenado por egresso da Unesp
Daniel Caiche é formado pelo curso de Engenharia Florestal e, hoje, busca solucionar problemas urbanos


Quando Daniel Caiche entrou na graduação em Engenharia Florestal pela Unesp, câmpus de Botucatu, não sabia que direcionaria sua carreira para a área de Arborização Urbana, pois, na época, seu desejo era atuar em indústrias. Durante o curso, ele acabou tendo contato com disciplinas optativas sobre Arborização e não saiu mais da área, realizou pós-graduações, ingressou na Secretaria de Meio Ambiente de São Carlos (SP) e contribuiu com o primeira política regulatória da Arborização Urbana nacional: o Projeto de Lei (PL) 4309/2021, que está tramitando na Câmara dos Deputados.


O engenheiro conta que a Arborização Urbana é uma ferramenta que tem a capacidade de mudar a vida das pessoas para melhor. A presença de mais áreas verdes nas cidades contribui para redução do estresse da população, o que está relacionado à questões de saúde, como a pressão cardíaca, por exemplo. Além disso, há o problema das mudanças climáticas, a presença de árvores auxilia a manter uma temperatura regular. Daniel ressalta que 85% dos brasileiros moram em regiões urbanas, o que torna esse assunto tão necessário. 


Após sua formatura, o engenheiro foi aprovado em um concurso para Secretaria do Meio Ambiente de São Carlos, em 2010, onde ele passou a se interessar mais pelo tema: “Percebi que tem um potencial muito grande para melhorar nossas vidas na cidade”. Durante a sua atuação no cargo, ele continuou estudando, fez mestrado e doutorado na UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) e, hoje, está cursando pós-doutorado em Cidades Globais na USP (Universidade de São Paulo). 


Durante a sua pesquisa no doutorado, o engenheiro percebeu a falta de uma política nacional de Arborização Urbana. Um capítulo de sua tese foi destinado a esse tema, que foi apresentado no Fórum Latino-americano da ONU (Organização das Nações Unidades) em Bogotá (COL). 


Essa apresentação fez com que fosse criado um grupo de pesquisadores brasileiros, de diversos locais e formações distintas, que elaboraram um texto para criar uma nova lei: o marco regulatório da Arborização Urbana. O grupo conseguiu apoio de um deputado, Rodrigo Agostinho, e o documento se tornou a PL - 4309/2021 que está tramitando na Câmara dos Deputados, com possibilidade de ser aprovado até o final deste ano.


“Fico muito orgulhoso de ter contribuído para a PL, a partir da minha tese de doutorado e de ter coordenado esse grupo de especialistas, juntos conseguimos entregar o produto final”, declara o egresso. 


Daniel conta que ficou 12 anos na Secretaria de Meio Ambiente de São Carlos, durante sua atuação, ele coordenou um trabalho para submeter a candidatura da cidade em um programa internacional de arborização urbana da FAO (Organização de Alimentação e Agricultura da ONU). Ele explica que a cidade precisava atender alguns critérios da organização, após a candidatura e a avaliação, São Carlos recebeu o reconhecimento da ONU em gestão ambiental e arborização, sendo uma entre os 3 municípios brasileiros que conseguiram se destacar. 


Contribuições da Unesp e novas expectativas


Em 2022, Daniel abriu seu próprio escritório de Consultoria Ambiental, onde ele elabora projetos de Arborização Urbana para prefeituras e empresas. Ele conta que com a consultoria acaba revendo colegas da Unesp que também estão atuando na área e eles atuam em vários trabalhos colaborativos. 


A opção por começar a prestar consultoria está ligada com os aprendizados do seu pós-doutorado: “A minha atuação se relaciona com o programa que estou fazendo em Cidade Globais, em que buscamos encontrar soluções sustentáveis para os problemas urbanos atuais”.


Ele afirma que leva um aprendizado da Unesp para sua vida profissional: “Apesar do mercado ser competitivo, ele também pode ser colaborativo e juntos podemos ir mais longe. Quando todos conseguem trabalhar juntos, enxergam o bem de dividir e cooperar, a gente consegue bons resultados”. 


Sobre sua vida na graduação, Daniel conta que aproveitou bastante, fez muitos amigos de diversos lugares do Brasil, o que ampliou a sua visão de mundo. Ele sempre morou em repúblicas e frequentou esses espaços, onde também aprendeu mais sobre a vida coletiva. A partir dessa perspectiva, o egresso desenvolveu sua atuação, buscando um mundo mais ecológico e mais colaborativo.


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