Quando era criança, Júnior de Góis dizia aos seus pais que eu queria ser inventor. Durante sua fase pré-vestibular, ele estava em dúvida entre alguns cursos e acabou “caindo de paraquedas” no curso de Design da Unesp, no câmpus de Bauru. Onde reencontrou o seu desejo de infância. Hoje, ele trabalha na “Oficina São João - Fabricação de Arte e Design”, em São Paulo (SP) e atua com a criação de projetos diversos.

Durante a graduação, o unespiano se identificou com a área de Design de Produto. “Sempre tive muito claro que eu gostava de construir coisas e de botar a mão na massa. Ir além do projeto e do desenho, para criar e construir de fato”. 

Em 2021, Junior começou a trabalhar na Oficina São João, que atua como um ateliê de fabricação de arte, atendendo clientes como artistas, responsáveis por galerias, bienais ou eventos, por exemplo.

“Na oficina participo de todas as etapas de um projeto, desde o orçamento, desenho até a fabricação. Desenvolvemos projetos únicos que exigem um aprendizado constante . Uma hora estou trabalhando com madeira, na outra soldando uma escultura de metal, em outro momento posso estar cortando uma geladeira de uma forma específica para uma exibição. São diversos projetos inusitados”, comenta. 

Em seu trabalho, Júnior atua com marcenaria, metais e diversos materiais. Foto: Divulgação.

O egresso conta que o que ele mais gosta em seu trabalho é de poder projetar. “Quando digo ‘projetar’ não necessariamente quero dizer desenvolver o projeto inteiro. Muitas vezes, só de pensar em um pequeno detalhe dentro de algo maior já me traz satisfação. Ainda mais quando esse fará toda diferença, mesmo que ninguém perceba no final. Gosto muito de ficar brincando com as diferentes possibilidades de se construir algo e ver, no final, resultados distintos”. 

Júnior conta que o trabalho nessa área se atrela ao universo do mercado de Arte e acaba sendo um ramo um pouco limitado para atuação profissional.

Antes da Oficina São João, o designer também trabalhava com criações e projetos no “Instituto Tico Tico”. Uma Organização sem fins lucrativos que oferece ao público oficinas de marcenaria, entre outras, que ajudam a tirar ideias dos participantes do papel e concretizá-las.  

“Foi uma oportunidade muito legal em que explorei diversas habilidades em projetos colaborativos. Ao mesmo tempo, era gratificante desenvolver projetos com cunho social”, relembra. 

Em sua trajetória, Júnior também trabalhou como freelancer e fez trabalhos voltados para a Arte, como montagem de instalações interativas. “Essas experiências sempre me animavam e incentivavam a continuar desenvolvendo projetos singulares e diferentes”. 

O unespiano conta que durante a faculdade acabou construindo um portfólio muito diversificado e tinha receio de não conseguir oportunidades devido a isso. Entretanto, foi justamente essa grande diversidade que o auxiliou a atuar em oficinas e ateliês, construindo uma jornada profissional que se traduz em seu portfólio universitário.