Egresso atua em centro de pesquisa nacional aberto à comunidade científica | Alumni Unesp
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Publicado em:
28/03/2025
28/03/2025
Tempo de leitura: 7 min

Egresso atua em centro de pesquisa nacional aberto à comunidade científica
O pesquisador trabalha no CNPEM, onde fica o único acelerador de partículas da América Latina


Rafael Furlan de Oliveira ressalta a importância de compartilhar conhecimentos e estruturas de pesquisa com a comunidade científica de forma gratuita. Essa prática faz parte das ações do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), onde se localiza o único acelerador de partículas da américa latina. Neste local, o egresso de Física da Unesp, câmpus Presidente Prudente, trabalha como líder da Divisão de Dispositivos no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano). O CNPEM é supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Governo Federal.


O egresso compreende o quanto é fundamental disponibilizar acesso à informação, estruturas de pesquisa e capacitação de recursos humanos devido a sua própria trajetória na Unesp. “Minha iniciação científica na universidade mudou a minha vida, foi quando me apaixonei por fazer Ciência e descobri o mundo da Nanotecnologia. Depois da formatura (2007), esse interesse me levou ao mestrado (2010) e ao doutorado (2014) em Ciência e Tecnologia de Materiais (Posmat) no câmpus da Unesp em Presidente Prudente”, afirma.


No doutorado e, em seguida, no pós-doutorado, Rafael desenvolveu pesquisas em universidades internacionais como Bangor University (Reino Unido); Università degli studi di Modena & Reggio-Emilia (Itália); Istituto per lo Studio dei Materiali Nanostruturatti (Itália) e Université de Strasbourg (França). Além disso, o egresso trabalhou como pós-doutorando no LNNano, onde atualmente coordena a Divisão de Dispositivos.

“No CNPEM fazemos um trabalho importante para a comunidade científica, que é disponibilizar laboratórios de alta complexidade de forma aberta e gratuita. No meu caso, faço a gestão de pessoas e laboratórios da Divisão de Dispositivos, em especial salas de micro e nanofabricação e laboratórios de medidas elétricas. O objetivo é que pesquisadores e estudantes possam vir aqui, serem bem atendidos e terem seus problemas científico-tecnológicos resolvidos”, explica.


Rafael conta que os pesquisadores precisam estar ligados a uma instituição de ensino ou pesquisa para utilizarem a infraestrutura do CNPEM. Faz parte do cotidiano do egresso atuar nos laboratórios abertos, supervisionar estagiários e pesquisadores colaboradores.

O cientista explica que o CNPEM possui quatro eixos de atuação: disponibilizar laboratórios multiusuários abertos à comunidade acadêmica; realizar pesquisas alinhadas aos interesses do país; apoiar a inovação científica e tecnológica junto à iniciativa privada e oferecer capacitação para a comunidade interna e externa.


Inovação na Ciência

 

 

As pesquisas do egresso no CNPEM se inserem nas áreas de Nanotecnologia e Eletrônica Orgânica. A primeira, de modo geral, é a Ciência que produz e estuda materiais em escala nanométrica, ou seja, em nível atômico e molecular. Enquanto a segunda diz respeito à utilização de moléculas orgânicas em dispositivos eletrônicos, criando formas mais sustentáveis de desenvolver tecnologias.


“Fazemos pesquisas para estudar e desenvolver dispositivos eletrônicos, sensores químicos e biossensores baseados em nanomateriais, mais especificamente semicondutores orgânicos e materiais bidimensionais”, afirma. Rafael explica que a partir desses estudos pode-se criar aplicações para a área de eletrônica e saúde, por exemplo.


O pesquisador cita um projeto realizado pelo CNPEM em parceria com uma empresa nacional, no qual desenvolvem sensores vestíveis - que podem ser “vestidos” pelo paciente - para monitorar o nível de glicemia em tempo real pelo celular. 


Outro exemplo de aplicação na área da saúde são sensores capazes de detectar biomoléculas no sangue ou urina para averiguar o nível de estresse em humanos. “Na eletrônica também estamos começando a desenvolver dispositivos que imitam as sinapses do cérebro, são chamados de dispositivos neuromórficos. O cérebro é a máquina mais perfeita para processar e armazenar informações. Então, utilizamos nanomateriais com propriedades eletrônicas para desenvolver novas tecnologias e compreender melhor sobre processamento e memória”, complementa.


Relação com a Unesp


“Me interessei em estudar Física porque sempre gostei de entender como as coisas funcionam. Minha formação científica e formativa foi feita na Unesp, onde realizei toda a minha trajetória de nível superior. Portanto, a minha carreira tem muito a ver com tudo que aprendi por lá, foram cerca de 10 anos na universidade, contando graduação, mestrado e doutorado”.


Rafael destaca que a Unesp lhe deu as bases da formação, da atuação como professor e como pesquisador. Além da formação humanitária, ele destaca que o convívio com pessoas de diversas realidades e locais do Brasil foi algo que contribuiu muito para sua construção enquanto cidadão.




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