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Publicado em:
27/03/2025
27/03/2025
Tempo de leitura: 5 min

Bióloga explica sobre atuação profissional em pesquisa clínica
Egressa de Ciências Biológicas atua como coordenadora na área


A área de pesquisa clínica oferece oportunidades de atuação para egressos de Ciências Biológicas, como afirma Bruna Bertoloni. Atualmente, ela é coordenadora de estudos clínicos no centro de pesquisa Medcin em Osasco (SP), mas tudo começou no câmpus de Botucatu (SP) da Unesp, onde concluiu sua graduação. Em seguida, realizou um mestrado em Ciências Farmacêuticas, com foco em Cosmetologia.


Bruna explica que o trabalho com pesquisa clínica envolve testes de segurança e eficácia acerca de medicamentos, vacinas ou cosméticos. A testagem dos produtos precisa seguir normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por esse ser um requisito para comercialização em solo nacional, a profissão é essencial e possui um mercado de trabalho aquecido, segundo a egressa. 


“A pesquisa clínica é a última fase de testagem e é feita em humanos. A diferença entre os testes de cosméticos e de medicamentos é a complexidade do estudo e o número de fases exigidas pela Anvisa. Pesquisas sobre remédios têm etapas com pacientes sadios e outras com pessoas que têm a doença em questão, por exemplo. Como os cosméticos não têm prescrição médica, os testes são realizados para que os consumidores não sejam enganados por rótulos que prometem algo que não se cumpre e para não apresentarem riscos à saúde. Para isso, há avaliações dermatológicas e oftalmológicas”, explica.


A bióloga explica que cosméticos não são só maquiagens, mas também pastas de dente, protetores solar, repelentes, sabonetes, perfumes, desodorantes e produtos para cabelos. Bruna trabalha atualmente com testagens desses itens. “Praticamente todos os produtos que consumimos, seja em mercados ou farmácias, passam por pesquisa clínica”, afirma. 


As normas de testagem variam de acordo com o produto, Bruna explica que as regras para protetores solares são muito rígidas e exigem várias etapas, por exemplo. Além disso, profissionais dessa área costumam gerir vários projetos de estudos ao mesmo tempo, o que exige habilidades como gestão de tempo e conhecimento profundo, pois é preciso adequar os testes e criar hipóteses caso determinado produto não esteja reagindo da maneira esperada. 


Habilidades desenvolvidas na universidade são essenciais


Bruna conta que algumas habilidades para atuar com pesquisa clínica são desenvolvidas ainda na faculdade. Como coordenadora de setor científico, ela trabalha com “protocolos”, ou seja, desenvolvimento de projetos de estudo. Estes vão especificar todas as etapas da pesquisa e são enviados ao para o comitê de ética - responsável por aprovar o projeto de testagem.


“Os testes são feitos com base em metodologia científica, que aprendemos dentro da universidade. Na graduação na Unesp, os alunos aprendem sobre isso em matérias da graduação, grupos de estudo ou iniciação científica. Os profissionais precisam saber tirar as coisas do papel e colocar na prática científica. A experiência de fazer um mestrado também contribui para criar essas bases”.


Além de gerir diversos projetos de pesquisa ao mesmo tempo, o profissional precisa levar em conta o tempo que leva cada testagem, como funciona cada equipamento e, devido ao fato dos testes serem em humanos, também é preciso levar em consideração a recepção das pessoas na empresa. “A gestão de tempo é algo que aprendemos na faculdade sem perceber, quando começamos a atuar com pesquisas”, ressalta.


O mercado de trabalho


Para quem deseja atuar no setor, Bruna diz que saber inglês é indispensável. Outra dica é fazer cursos na área, a egressa ressalta que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) oferta alguns de forma gratuita e existem opções pagas em centros de pesquisa particulares.


A bióloga afirma que é um setor com salários acima da média e possui oportunidades de vaga. Ela cita que os profissionais podem ser contratados pelas empresas que produzem os medicamentos ou cosméticos, por centros de pesquisa, como é o seu caso, ou por Organizações de Pesquisa Contratada (CRO).









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