
Em sua fase pré-vestibular, Nelise Rocha prestou vestibular para três cursos diferentes, mas não se identificou com suas escolhas e acabou não sendo aprovada. No ano seguinte, começou a pesquisar mais sobre profissões e leu um artigo sobre ecólogos: “Desde então me apaixonei pelo curso e fui aprovada na Unesp, em Rio Claro, no ano de 2014”. Hoje, ela trabalha como educadora ambiental e deseja trazer conhecimentos sobre Ecologia para o ensino escolar.
“A Ecologia é uma Ciência muito ampla, que estuda as relações entre seres vivos, não vivos e o ambiente. Por isso, ela busca entender como funciona cada elemento individualmente e coletivamente. A partir de um contexto ecológico, conseguimos perceber como estamos todos nos relacionando. Portanto, cada ação ou ser faz diferença dentro do ecossistema”, explica Nelise.
A ecóloga afirma que se as pessoas tivessem mais acesso a informações sobre Ecologia seria possível ter um entendimento maior sobre os problemas ambientais. Dessa forma, a sociedade seria mais capaz de melhorar esse cenário e se aproximar do conceito de Sustentabilidade, conciliando as formas de produção e as atividades de desenvolvimento econômico com preservação da natureza.
“Acredito que nosso trabalho como educador ambiental deveria estar mais presente nas escolas. Na minha visão, a Ecologia e seus conceitos têm que participar de todo período escolar, permeando diferentes matérias, de forma interdisciplinar”.
Educação Ambiental: a importância de compartilhar conhecimentos
Por reconhecer a importância da Educação Ambiental, desde sua formatura na Unesp, Nelise se dedicou profissionalmente a esta área.
Em 2018, ela ingressou na Secretaria do Meio Ambiente de Rio Claro. Nesse período, a egressa atuou no Departamento de Educação e no Departamento de Manejo Florestal, elaborando atividades de conscientização ambiental, como palestras, oficinas e gincanas infantis, entre outras atividades.
Nelise também trabalhou no viveiro orgânico “Sabor de Fazenda” em São Paulo (SP), em 2019. Onde ela participava do projeto educativo “Dedinho Verde” para crianças de 4 a 12 anos. A egressa ensinava sobre temas como Sustentabilidade, compostagem, cultivo orgânico e reciclagem, com uma abordagem voltada para o público infantil.
A ecóloga também lecionou aulas de Ecologia e Jardinagem em uma escola infantil e monitorou atividades no Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental (CEFOPEA). Além disso, participou do Projeto Luas, que combate a pobreza menstrual através da criação e distribuição de absorventes sustentáveis e reutilizáveis.
Atualmente, ela possui uma empresa, em conjunto com uma amiga: a Ubuntu Ambiental. As sócias foram contratadas por uma ONG para criar um Centro de Educação Ambiental e oferecer atividades para crianças da rede pública de ensino do município de São Bento do Sapucaí (SP). Através da empresa, elas também oferecem monitorias ambientais.
Experiência e formação no curso de Ecologia
Nelise explica que a graduação em Ecologia requer atividades práticas: “Essa área estuda o meio, portanto, é essencial a realização de atividades de campo, fora da sala de aula”.
Entre essas experiências práticas durante o curso, ela ressalta uma visita para pesquisas na Ilha do Cardoso (SP), localizada em um Parque Estadual de proteção de Mata Atlântica.
Entretanto, durante a graduação houve um corte de verbas que acabou prejudicando essas atividades de campo. Ela também comenta que esse corte fez com que baixasse o número de contratação de professores.
“Passei por diferentes realidades na graduação, apesar de alguns cortes de verba, consegui, dentro do possível, aproveitar muitas oportunidades. Me sinto privilegiada por desfrutar da estrutura e conhecimentos que a Unesp me proporcionou”.
Assim, a egressa ressalta a importância do investimento estatal nas universidades públicas, pois cada área requer atividades específicas para proporcionar uma formação ampla aos graduandos.
Para acompanhar os projetos na área de Ecologia elaborados pela egressa, siga o perfil ubuntu.ambiental no Instagram.