Egresso da Unesp, Pedro Borges, ganha prêmio Jabuti na categoria “Artes” | Alumni Unesp
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Publicado em:
11/12/2020
11/12/2020
Tempo de leitura: 4 min

Egresso da Unesp, Pedro Borges, ganha prêmio Jabuti na categoria “Artes”
Além da premiação, o egresso também foi chamado para trabalhar no Profissão Repórter



Em 2016, Pedro Borges se tornou jornalista pela Unesp, câmpus de Bauru. Desde então, tem conquistado seu espaço no Jornalismo Independente, na mídia e na cultura brasileira. Novembro foi um mês importante na vida de Pedro, que acaba de ganhar o prêmio Jabuti, na categoria “Artes” e, além disso, começou a trabalhar na equipe do Profissão Repórter. 


Para ele, o papel do Jornalismo é ser um agente transformador da realidade. Os direitos humanos e a luta pelos direitos das populações negras são as principais motivações do jornalista. Seu texto “E a população negra? que compõe o livro premiado “AI-5 50 Anos - Ainda Não Terminou de Acabar, destaca esses valores, pois ressalta a perseguição e luta do movimento negro durante a ditadura militar (1964-1985).


O prêmio Jabuti existe desde 1958 e é considerado a maior premiação literária brasileira. O livro premiado foi criado para guiar uma exposição no Instituto Tomie Ohtake. Pedro, que já havia participado de debates no Instituto, foi chamado para compor o livro e construir um artigo que guiaria a exposição.

 Capa do livro vencedor do prêmio Jabuti na categoria "Artes".


Sobre seu artigo, ele explica: “eu trouxe a questão da resistência do povo negro durante o período da ditadura. Abordei que essa resistência persiste e também escrevi sobre as violências contra a população negra, que não ficaram restritas à ditadura militar e têm um início bem anterior a esse período. Além disso, ressuscitei alguns desses nomes nossos de resistência, que são muito apagados, porque há uma ideia de que a resistência à ditadura foi feita, exclusivamente, pela população branca”.


A Comissão da Verdade revelou que durante o período da ditadura, 41 líderanças do movimento negro brasileiro foram assassinadas. Houve, também, uma perseguição às pessoas ligadas à luta atirracista.


Segundo o portal Alma Preta, fundado por Pedro e colegas da Unesp, alguns militares se infiltraram dentro do Movimento Negro Unificado (MNU), criado em 1978. A repressão também assassinou pessoas importantes da política brasileira como Carlos Marighella, Helenira Rezende de Souza, Osvaldo Orlando da Costa, conhecido como “Osvaldão”. 


Para saber mais sobre a criação do Alma Preta, criado por alunos da Unesp, confira nossa matéria.

 

Profissão Repórter: sonho que virou realidade


No dia 25 de novembro deste ano, Pedro começou uma nova aventura profissional, sonho de muitos jornalistas: foi chamado como repórter no programa Profissão Repórter. 


“Para mim é uma honra ser chamado para o Profissão Repórter, é uma referência, um sonho nosso enquanto jornalista. Sonhava com isso enquanto ainda estava na Unesp, é um programa que a gente admira muito e fico contente de ter essa possibilidade. O contato com a equipe foi legal porque eles são muito acolhedores. O Caco Barcellos também foi muito acolhedor. Estou como repórter, então vou para rua, apurar reportagens, cobrir, acompanhar. Não posso ainda contar detalhes sobre as pautas que a gente vai fazer, mas são assuntos muito ligadas ao meu trabalho, relacionadas aos direitos humanos e, principalmente, relacionados à população negra”.


Pedro Borges na redação do programa Profissão Repórter.


Ele conta que na infância seu sonho era ser jogador de futebol, mas com o passar dos anos surgiu o desejo de ser jornalista e cobrir notícias sobre esporte. Entretanto, ele ressalta que desde novo sempre teve uma “pegada política e social, por conta da educação dada em casa e nos lugares que frequentei. Por isso, sempre tive uma admiração enorme pelo programa. Na faculdade, li a obra Rota 66, do Caco Barcellos, e me empolguei com a possibilidade de fazer grandes investigações e denunciar a violência de Estado contra a juventude negra. Hoje, fico muito feliz de saber que vou poder aprender com ele”.


Mesmo com as novas responsabilidades do Profissão Repórter, ele continuará como editor-chefe do Alma Preta. Para acompanhar o trabalho do jornalista, basta assistir ao Profissão Repórter nas noites de quarta-feira na Rede Globo, ou pelo site do programa, e, também, conferir o portal Alma Preta.










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