Felipe Lima é formado em Psicologia pela Unesp no câmpus de Bauru. O egresso cresceu na Zona Sul de São Paulo, no bairro do Grajaú, e conta que conheceu a Unesp devido a uma feira de profissões que participou quando estava no Ensino Médio. Nessa época, ele também começou a se interessar pelas Ciências Humanas e Sociais, assim, ele percebeu que a Psicologia poderia ser uma possibilidade profissional. Para desenvolver ainda mais seus conhecimentos na área, em setembro deste ano, ele cursará uma especialização em Musicoterapia na Universidade Paul Valery Montpellier III.

A cidade de Montpellier se localiza no sul da França, a 10 km da costa do Mar Mediterrâneo. O psicólogo conta que sempre soube que a universidade abriria algumas portas para ele, mas nunca havia imaginado estudar fora do país: “Parecia uma possibilidade distante e fora da minha realidade”, afirma.

“Estar na França tem sido uma experiência incrível e desafiadora ao mesmo tempo. A adaptação ao país ocorre com o tempo e com as experiências profissionais que você consegue ter. Vim para cá com um visto do Programa Férias-Trabalho, uma parceria entre consulado francês e governo brasileiro, que permite que jovens adultos, de até 30 anos, trabalhem e viajem pelo território francês”. 

A modalidade de visto que o egresso citou foi aprovada em março de 2018 e ainda está em vigor. A duração é de um ano e o objetivo é que o imigrante brasileiro possa vivenciar a cultura francesa com a possibilidade de trabalhar no país.

A cidade de Montpellier na França. Créditos: worldstudy.

Por que estudar Musicoterapia? 

Além da graduação em Psicologia, Felipe também sempre esteve envolvido com a Música. Durante a universidade, ele tocou em bandas formadas por estudantes e na bateria universitária do câmpus de Bauru, a Naumteria.

Ambas experiências se relacionam com o estudo em Musicoterapia. Segundo o egresso: “O foco do da especialização é formar profissionais da área da saúde e do meio artístico na utilização teórico-prática da música, como um caminho e uma possibilidade terapêutica, não só no aspecto clínico, mas também no educacional, social e de reabilitação”. 

Ele explica: “O curso é dividido em dois níveis: o primeiro tem duração de dois anos e foca na formação teórica em temas como Psicopatologia, Neuropsicologia e Formação Musical. Já o segundo nível, que dura um ano, dedica-se a oferecer as experiências práticas e profissionais aos futuros musicoterapeutas em formação”.

O psicólogo conta que a escolha pela especialização também ocorreu porque ele já desejava trilhar um percurso profissional e acadêmico após a graduação. Antes, acreditava que essa formação complementar aconteceria no Brasil: “Jamais imaginaria que continuaria esse caminho fora do país, mas as oportunidades foram surgindo”. 

Dicas para quem deseja estudar na França

Para Felipe, é fundamental se manter atento às divulgações feitas pelo Campus France, que é uma instituição francesa sediada em diversos países, entre eles o Brasil. O foco da organização são as candidaturas de estudo e é voltada para informar os estudantes brasileiros interessados em estudar na França.

O site do Campus France e as redes sociais do projeto, como o canal do Youtube e o perfil no Instagram divulgam informações sobre datas, valores, documentações e cursos. Além disso, há uma seção do site da instituição destinada para divulgação dos tipos de bolsas que estão sendo oferecidas pelas universidades francesas. 

Também há o site Trouver Mon Master, onde há um catálogo com todos os mestrados disponíveis na França. Aprender francês e ter uma proficiência na língua pode ser fundamental para conquistar o sonho de estudar fora, entretanto também há cursos que são lecionados totalmente em Inglês.

Experiência na Unesp 

Felipe conta que sua passagem pela Unesp fez toda diferença: “A experiência que tive na Unesp foi de forte importância para chegar onde cheguei hoje. Ter contato com pessoas de diversos lugares e com referências diferentes, me possibilitou acessar informações que antes eram muito distantes da minha realidade em São Paulo. A minha formação pessoal e profissional durante os anos de graduação me ajudaram a amadurecer ideias sobre as possibilidades que poderia trilhar pela frente e me deram bagagem para buscar cada vez mais novos desafios”.