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Imagem aérea do câmpus da Unesp em São Vicente.
O câmpus da Unesp Litoral Paulista, localizado na cidade de São Vicente, realmente tem uma característica que desperta uma certa inveja nos outros unespianos: a praia. É a única unidade da universidade em se pode dar um mergulho após um dia estressante de estudos.
A proposta de criação do câmpus ocorreu em 1988 e se institucionalizou em 1994, como uma Unidade Complementar. Assim, a Unesp foi a primeira universidade pública a atuar na Baixada Santista.
A graduação é composta pelos cursos de Ciências Biológicas bacharelado e licenciatura. Mesmo sendo um dos menores câmpus da Unesp, há diversos grupos de pesquisas, laboratórios e projetos de extensão. Também há o cursinho público “Caiçara”, no qual os universitários auxiliam gratuitamente jovens que desejam passar no vestibular da Unesp.
Outra iniciativa dos estudantes é a Feira da Bio Inclusão, que através de atividades de educação inclusiva, voltadas para pessoas com ou sem deficiências, ensina conteúdos sobre Biologia para o público. O projeto demonstra a preocupação em realizar uma divulgação científica que abranja a todos, compartilhando conhecimentos.
A equipe do Alumni Unesp entrevistou as egressas Débora Lopes, Beatriz Barni e Marjorie Jasper, que nos contaram mais sobre a rotina dos estudantes do litoral:
1 . Marcar de ir na Praia do Itaquitanduva durante o verão
Morar em uma cidade litorânea para cursar a graduação não deve ser nada difícil. Para Débora, a Praia do Itaquitanduva é uma das mais bonitas da cidade, é um local afastado da zona urbana e é preciso fazer trilha para chegar lá. Os estudantes têm o costume de fazer as atividades de recepção dos calouros nesta praia e, também, sempre marcam de ir lá para passar o dia.
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As belezas do litoral de São Vicente. Foto: Portal de São Vicente.
2 . Sentir orgulho em gritar "é meia dúzia, mas parece mais de cem".
Essa frase parece ser o “mantra” dos graduandos de São Vicente. Beatriz explica que o câmpus é muito animado, os estudantes têm uma vida bastante agitada, mesmo sendo uma das menores unidades da Unesp.
3. Ficar batendo papo no quiosque, como se não houvesse amanhã
Marjorie Jasper conta que há um quiosque dentro do câmpus, que acabou se tornando um ponto de encontro dos estudantes. Há o costume de ficarem por lá conversando após as aulas.
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Foto: Divulgação.
4. Estar em mais de um lugar ao mesmo tempo
O baixo número de alunos em São Vicente não impediu a Unesp de ter sempre várias atividades acontecendo: palestras, workshops, trabalhos, obrigações de grupos de estudos, tarefas de projetos de extensão, responsabilidades com o cursinho e tudo isso tendo que fechar o semestre com boas notas. A única forma de administrar todas essas atividades é se desdobrando entre os compromissos marcados.
Débora conta que a maior parte das reuniões ocorre no horário de almoço e é muito comum sair no meio de uma reunião para poder frequentar metade de outra. Um “malabarismo”, como conta a egressa.
5. Falar que agora que mora na praia, vai ir todo dia e acabar indo duas vezes por semestre
Por cansaço ou por estar muito ocupado, alguns graduandos não conseguem aproveitar tanto assim o litoral.
6. Ficar perto da Orca no Inter para não se perder na multidão
A orca é o mascote não oficial da Unesp São Vicente, pois o oficial é um tubarão, que aparece no logo da Atlética. O Inter é o campeonato esportivo mais esperado entre os unespianos, o evento também possui festas, onde estudantes de todos os câmpus confraternizam e há, literalmente, milhares de pessoas. Débora conta: “a orca é símbolo de nosso câmpus, a gente leva ela, que é uma uma bóia inflável gigante, e vira um ponto de encontro em eventos, como no Inter”.
7. Não conseguir entrar e sair do câmpus em dias de chuva forte
A cidade de São Vicente costuma alagar quando chove forte e por ser no litoral, isso acaba acontecendo com frequência. Esse problema afeta toda a população, incluindo os unespianos. “Tem dia que temos que ir para a aula de galocha”, contam as entrevistadas.
8. Frequentar os bares Mancha, Baiano e Gaúcho
Segundo as egressas, esses bares são pontos de encontro fora da universidade. A proximidade com a faculdade e os preços atraem os estudantes, que ficam após a aula confraternizando e “jogando conversa fora”, como conta Débora.
Com a pandemia e o cenário que todos estamos vivendo, os câmpus da Unesp estão fechados há quase dois anos e as aulas estão ocorrendo de forma online. Espera-se que ainda este ano ocorra a retomada do ensino presencial e uma melhora da situação de pandemia, para que os unespianos possam continuar vivendo as experiências únicas de cada câmpus.