A UNESP foi considerada a segunda melhor universidade da América Latina por um ranking holandês. Ficou em 11ª lugar entre 129 instituições de ensino superior da América Latina na edição de 2018 do na classificação internacional da revista britânica Times Higher Education (THE). Está entre as melhores universidades com menos de 50 anos.
Rankings universitários informam o desempenho da UNESP frente a outras instituições de ensino superior e auxiliam no direcionamento de políticas para universidade.
De acordo com a Comissão de Avaliação Institucional dos Rankings, “a UNESP tem, nos rankings universitários, uma importante fonte de informação: não como elemento direcionador de políticas, mas sim como subsídio à auto-reflexão e ao desenvolvimento de ações indutoras”. Criada em março de 2017, a Comissão tem como função monitorar a participação da universidade em listas de avaliação, avaliar os resultados e desenvolver ações para melhorar o desempenho da UNESP.
Para os gestores da UNESP, “esses rankings constituem um fato do qual não podemos nos esquivar, pois atingem uma realidade de abrangência mundial”. Até setembro de 2018, a universidade já tinha participado de nove avaliações internacionais, entre os quais se destacam o Times Higher Education Latin America University Rankings e o QS World University Rankings.
Sobre o ranking latino-americano da revista inglesa Times Higher Education (THE), a Comissão de Avaliação Institucional dos Rankings da UNESP considerou um avanço em todos os aspectos analisados em comparação ao ano anterior. O que chamou a atenção dos membros foram os indicadores de visibilidade internacional e pesquisa, os quais a UNESP teve um desempenho muito melhor do que em 2017. “Em relação ao indicador Ensino, a Unesp é a 2ª classificada em toda América Latina, ficando atrás apenas da UNIFESP. Em pesquisa, ela é a 3ª melhor Universidade”, conclui o relatório elaborado pela Comissão.
Já no QS World University Rankings, que reúne uma lista completa com quase quatro mil universidades de todo o mundo, a UNESP ocupou o 491º na classificação geral, e o 5º entre as universidades brasileiras participantes (foram 22, no total, entre instituições públicas federais, estaduais e universidades particulares).
Desafios
Apesar das melhores classificações da USP e UNICAMP em rankings internacionais, a UNESP foi a única universidade pública do estado de São Paulo que avançou e/ ou se manteve estável na comparação entre 2017 e 2018.
Para tal resultado, há duas possíveis explicações. Primeiro, a UNESP têm investido em práticas para estimular a produção científica, como editais e a elaboração do PropeTips, que reúne dica para pesquisadores e professores, com o objetivo dar mais visibilidade às pesquisas. Segundo, a crise econômica atravessa o país, que já tem reflexos no ensino superior.
O Propetips compila 24 dicas com orientações aos pesquisadores sobre referências à UNESP nas publicações acadêmicas. (Foto: UNESP/ Reprodução)
Mas vale ressaltar que, como apontado pelo sociólogo Boaventura Sousa Santos, a crise da universidade pública é um fenômeno global. Para o sociólogo, a universidade deixou de ser criadora de condições para a concorrência e sucesso do mercado e se tornou próprio mercado.
A transformação deste cenário da educação superior é complexa e permanente, e implica também em mudanças nos processos de conhecimento; por isso, para Sousa Santos, só é possível contrapor os novos desafios com novas possibilidades.
Século XXI
A editora QS Quacquarelli Symonds observa que a UNESP “é o modelo de universidade multi-campi mais bem sucedido no Brasil. Característica particular que permite uma intensa e diversificada ação em São Paulo”.
Compreender o que é dito sobre a UNESP por outras institucionais do Brasil e do exterior faz parte das novas possibilidades para enfrentar os desafios da universidade no século XXI. É por isso que há iniciativas como a Comissão de Avaliação Institucional dos Rankings da UNESP e o projeto Indicadores de Desempenho nas Universidades Estaduais Paulistas, que reúne as três universidades públicas de São Paulo, com appio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O projeto é conduzido por Jacques Marcovitch, ex-reitor da USP, visando a elaboração de indicadores de desempenho das universidades para monitorar e aprimorar a performance da UNESP, USP e UNICAMP institucionalmente e nas classificações internacionais.
Durante o terceiro workshop do projeto, realizado em julho no Instituto de Física Teórica da UNESP, em São Paulo, o Prof. Sandro Roberto Valentini, reitor da universidade, ressaltou a importância de buscar outros indicadores para mensurar o desenvolvimento das unidades. Segundo o reitor, sem equidade para desconstruir a assimetria [entre as universidades públicas] seria preciso esperar muito tempo para isso.
Prof. Sandro Roberto Valentini, Reitor da UNESP, durante sua fala no evento. (Foto: Roberto Rodrigues / ACI Unesp)
Mais do que medir o desempenho das universidades, os rankings universitários indicam o impacto social dessas instituições no meio o qual estão inseridas. São análises e pareceres que contribuem não só para visibilizar as produções e atuações da UNESP, mas para o seu crescimento como instituição de ensino superior pública, gratuita e de qualidade.
UNESP nos Rankings
Conheça quais são as listas de avaliação das instituições de ensino superior que a UNESP participa e qual a sua colocação:
Internacionais
Classificação geral em 2018 - 300-401 (entre 1.200 universidades de todo o mundo)
Classificação entre as universidades brasileiras participantes do Ranking - 2- 4
Classificação geral em 2018 - 600-801 (entre 1.500 universidades de todo o mundo)
Além do ranking mundial, o THE também contempla os seguintes rankings:
- Word University Ranking - Latin-American (LatAm)
Classificação geral em 2018 - 11 (entre 129 universidades do continente latino-americano)
Classificação geral em 2018 - 491-500 (entre 3.800 universidades de todo o mundo)
Classificação entre as universidades brasileiras participantes do Ranking - 4
Classificação geral em 2018 - 150 (entre 938 instituições de todo o mundo)
Classificação entre as universidades da América Latina - 2 (entre 29 participantes)
Classificação entre as universidades brasileiras participantes do Ranking - 2 (entre 21 participantes)
Nacionais
Classificação geral de 2017 - 7 (entre 195 instituições)
- Melhores Universidades - Guia do Estudante
Classificação geral de 2017 - 2 (entre 693 instituições)
Classificação geral de 2017 - 5 (entre 55 instituições)
