Turma 33 de Medicina realiza doação para estudantes com dificuldades financeiras | Alumni Unesp
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Publicado em:
09/04/2021
09/04/2021
Tempo de leitura: 3 min

Turma 33 de Medicina realiza doação para estudantes com dificuldades financeiras
A pandemia agravou problemas econômicos, incitando alunos mais vulneráveis a desistirem da graduação


A Trigésima Terceira turma de Medicina da FMB - Unesp em 2000. Foto: arquivo pessoal de Laís Helena Navarro e Lima.


Neste ano, a Turma 33 (1995-2000) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) da Unesp se uniu para fazer uma doação em dinheiro, com objetivo de ajudar estudantes em condições de vulnerabilidade financeira. Com o agravamento da pandemia, muitos alunos estão tendo dificuldades em se manter no curso, principalmente os cotistas vindos de escolas públicas. Nesse momento, doações como essa são importantes pois auxiliam esses alunos a permanecerem estudando.


A doação foi feita através do “Parceiro Unesp”, o programa permite que os doadores escolham o destino que a verba terá dentro da Universidade. Muitos setores da faculdade, devido à pandemia, estão precisando de auxílio, pois foram afetados diretamente por ela. Ano passado, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) recebeu doações da Turma 21 de Medicina, para auxiliar no enfrentamento da Covid-19. 


Laís Helena Navarro e Lima é médica, mestre e doutora em Anestesiologia pela FMB, ela é da Turma 33 e organizou a doação dos recursos. Ela conta que tudo começou com um convite da vice-diretora da FMB, a profa. dra. Jacqueline Teixeira Caramori que a alertou sobre os estudantes mais vulneráveis do câmpus e a emergência de ajudá-los. Laís trouxe a questão para o grupo de sua sala no aplicativo Whatsapp, em menos de 10 dias conseguiram arrecadar o dinheiro e realizar a transferência.


“Foi realmente bonito de ver, como todo mundo se mobilizou. Lógico que nem todo mundo tem condições de ajudar, mas quem pôde realmente se engajou”, conta Laís.


A médica também fala sobre o desejo que motivou a turma: "retribuir um pouco o que todos nós da “trigésima terceira” tivemos na faculdade, o apoio total e muito acolhimento, não só da Unesp, mas da cidade de Botucatu. Então, foi poder retribuir um pouco desse carinho e acolhimento para quem tá precisando agora”. A sociedade civil de Botucatu também apoiou muito o trabalho dos médicos do HCFMB durante o combate ao Coronavírus, como é possível ver no documentário produzido pelo hospital. 


Laís conta que a Turma 33 sempre teve a característica de querer ajudar e colocar isso em prática. “ A profa. dra. Paula Gaiolla, que ainda é docente na Unesp, todo ano ela organizava bingos para ajudar o orfanato “Casa das Meninas”. Então, nossa turma sempre se reunia e todo mundo participava e ajudava a montar o evento. A gente ia atrás de doações do comércio da cidade para poder oferecer no jogo. Fomos uma sala que tentou ajudar o próximo e retribuir um pouco do que a Universidade pública estava proporcionando para a gente. Nós tínhamos um colega que era do Panamá, ele não tinha dinheiro para ir visitar sua família, então a gente se reuniu e fez uma ação para conseguir dinheiro, para que ele pudesse ir visitá-los em seu país. Eu não tinha dúvida que, agora, nessa situação a gente ia conseguir nos unir e fazer a mesma coisa”.


Churrasco da Turma 33 em 1997. Foto: arquivo pessoal de Laís Helena Navarro e Lima.


A médica também conta que a trigésima terceira, mesmo depois de 20 anos, continua tendo contato. Por meio de reuniões de turma, grupo no aplicativo Whatsapp e como alguns colegas permaneceram em Botucatu, isso permite que as pessoas se reúnam na cidade.


Para ela, suas maiores saudades são as pessoas, Laís afirma que vivenciou muito a amizade, o grupo da sala também era próximo de pessoas de outros cursos. “Acho que a união, a proximidade e o acolhimento que tínhamos naquele momento era muito importante. Pois todo mundo tinha acabado de abandonar suas casas pela primeira vez. Então, o contato que tínhamos era muito especial, as festas, as interações, os momentos em que poderíamos realmente nos encontrar são memórias que que nunca vão se apagar. Também tenho saudade dos professores, muitos já se aposentaram, alguns já faleceram, mas muitos continuam na ativa e a gente testemunhava um amor deles pela Medicina e pela Universidade, que fez com que muitos de nós continuássemos em Botucatu, para seguir os passos e os exemplos dessas pessoas”.


Laís também relembra sobre a importância da Universidade Pública, gratuita e de qualidade. Pois ela pertence a uma família humilde que não teria condições de pagar um curso privado. “Devo toda a minha vida profissional à Unesp: a formação, a pós graduação, e a oportunidade de ir para fora do país e me especializar. Além disso, pude retornar à faculdade como pesquisadora e docente e compartilhar não só o conhecimento adquirido nessas experiências, mas também esse sentimento de carinho e gratidão”. 


A médica afirma que a Unesp é uma das universidades mais respeitadas do país e que o curso de Medicina possui alta qualidade. Assim, formando profissionais de grande competência que proporcionam uma melhora na qualidade da Saúde no país. 


Para realizar doações por meio do “Parceiro Unesp” ou saber mais sobre o programa, basta acessar o site do projeto.





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