Giovana Valadares passou parte de sua infância em uma biblioteca pequena que havia na casa de sua avó, que era professora. Entre livros, gibis da Turma da Mônica, Revistas Recreio e seus próprios diários, ela foi consagrando, aos poucos, hábitos que a acompanhariam por toda sua vida: a leitura e a escrita. Hoje, ela é formada em Jornalismo pela Unesp, cursa Licenciatura em Letras na Unicamp e trabalha como coordenadora de conteúdo em uma agência de Comunicação.
Em sua fase pré-vestibular, a jovem ainda não sabia qual seria sua área: “Sou uma pessoa que tem muita curiosidade, apesar de às vezes não saber para onde direcionar meu olhar, diante de tanta informação e estímulo. Antes queria Biologia, depois fiquei um bom tempo pensando em fazer Arquitetura ou Engenharia Civil, mas no último ano da escola finalmente me dei conta que o caminho seria por algo que envolvesse escrita mesmo. Também gosto de ouvir as pessoas contarem suas histórias, então imaginei que o curso de Jornalismo seria uma forma de juntar as duas coisas”.
Durante a graduação na Unesp, Giovana praticou sua escrita no curso de Jornalismo: “Isso me deu um norte muito valioso. Aquela sensação de ‘é, acho que sou boa nisso sim”, relembra a escritora.
Além disso, ela se voluntariou para dar aulas de Literatura no Cursinho Principia, onde jovens têm a oportunidade de estudar para o vestibular de forma gratuita. Naquele ambiente, ela percebeu algo novo em sua vida até então: uma vocação para ser professora.
“No fundo sempre soube disso, mas precisei passar por essa experiência para acolher e amadurecer a ideia. Depois de me formar na Unesp, fiquei cerca de um ano e meio refletindo e trabalhando somente na área de Comunicação, até tomar a decisão de prestar o vestibular para Licenciatura em Letras na Unicamp”.
Texto: Giovana Valadares.
Dicas para inserir a leitura e a escrita em uma rotina agitada
Giovana conta que é um desafio praticar a escrita e a leitura em seu dia-a-dia profissional, mas ela tenta continuar colocando-os como prioridades em sua vida. “Faço questão de acordar um pouco mais cedo, para ter pelo menos 20 minutos de leitura antes de seguir a rotina de trabalho e estudos. Foi o jeito que encontrei pra não deixar o hábito de lado, pois com as responsabilidades, existem chances de isso acontecer, mesmo contra a nossa vontade. Não é algo que consigo cumprir com total afinco, mas dá certo na medida do possível. Ter um Kindle também me ajuda a ler antes de dormir ou no ônibus, em filas, etc.”.
Para ela, a escrita é mais desafiadora de adequar à rotina, pois é necessário um tempo livre para sentar e escrever. “Acabo escrevendo menos do que gostaria, mas quando o estalo da escrita vem, eu largo tudo e paro para anotar. Meu objetivo um dia é me organizar para que não seja só na base da inspiração, embora eu adore quando ela me pega de surpresa”.
Texto: Giovana Valadares.
Ela também ressalta: “Quanto à leitura, por que não encarar como um ritual? Daqueles rituais que quando não tem, faz falta. Também é importante compreender qual tipo de leitura mais interessa, agrada, inquieta ou fascina. Se não está gostando de um livro, tudo bem abandonar e ir pro próximo. Sobre a escrita, a dica é parecida, porém um pouco diferente. No sentido do que eu falei antes, muitas vezes a gente fica esperando um impulso ou só escreve em caso de necessidade. Acho que vale usar isso a nosso favor, sim, mas também procurar escrever ainda que se acredite que não tenha nada a dizer”.
Para acompanhar a egressa e ler seus textos autorais, siga seu perfil no Medium, uma plataforma de publicação de textos para escritores ou jornalistas. Entretanto, hoje, Giovana não publica com tanta frequência na plataforma, pois está escrevendo seu próprio livro.
