Porque jovens brasileiros estão indo cada vez mais para o Canadá | Alumni Unesp
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Publicado em:
14/09/2018
14/09/2018
Tempo de leitura: 3 min

Porque jovens brasileiros estão indo cada vez mais para o Canadá
Brasil é a quarta nacionalidade com maior número de imigrantes no país; ex-aluno da UNESP dá dicas para quem quer estudar por lá


Qualidade de vida, segurança e oportunidades profissionais são fatores que colocam o Canadá no radar de quem quer sair do Brasil. Dados da Agência Canadense de Imigração, Refúgio e Cidadania (CIC) colocam os brasileiros como a quarta nacionalidade que mais solicita permissão de residência temporária ou imigração no país: entre janeiro e setembro de 2016, mais de 92 mil brasileiros fizeram a solicitação para residir no Canadá.


O país bilíngue e multicultural possui cerca de 35.151.728 habitantes, segundo o censo populacional do Statistics Canada. É o 17º colocado entre os maiores Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, de acordo com as estimativas do Banco Mundial, de abril de 2018; a expectativa é de que a arrecadação do PIB deste ano supere US$ 1,8 trilhões. Para além da população e das condições econômicas, o Canadá conta com serviço de saúde gratuito, possibilidades de bolsas para a formação continuada e grandes opções de trabalho.


Engenharia, administração, tecnologia e recursos humanos são as áreas que estão em alta no país, conforme dados do Departamento Federal de Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá (IRCC). O salário para essas profissões variam entre $59,000 e $114,000.


Interior

Especialista em processos migratórios, Ed Santos mora há 15 anos no Canadá e orienta quem busca viver a experiência de morar no país a morar no interior. Isso porque, para ele, o interior do Canadá concilia um ambiente acolhedor para quem está aprendendo uma cultura nova com boas oportunidades de emprego. “Faz toda diferença começar [a conhecer outro país] devagar, em um lugar onde o contato seja mais pessoal”, destaca.



Outro ponto citado por Santo é com relação ao custo de vida. O consultor explica que o custo de vida para moradia, por exemplo, costuma a ser menor do que em metrópoles. Daí, é possível morar em um imóvel maior, bem localizado sem tantos gastos e burocracias. 


“Muitas pessoas acreditam que no interior não há opção de trabalho. No Canadá isso não funciona assim”, revela. “Existem boas oportunidades de empregos nas cidades menores ou em cidades vizinhas (que são muito próximas), e a concorrência acaba sendo menor também”.


Trabalhar ou estudar?

Para ED Santos, que também é diretor de um empresa de consultoria para imigração, o mercado de trabalho canadense busca profissionais jovens com boa formação e experiência profissional, mas principalmente com domínio do inglês.


Mas há também opções para quem quer continuar a formação acadêmica - os college canadenses, ou seja, um curso universitário, uma pós-graduação ou MBA são a melhor opção. Quem explica é Gabriela Facchinni, da Sheridan College, que conta que é possível trabalhar até 20 horas por semana durante os estudos no Canadá, desde que por um período acima de 6 meses.


“O ideal é optar por uma faculdade de 3 anos ou uma pós-graduação de 2 anos para terem a oportunidade de ficar mais tempo estudando e trabalhando no Canadá”, conclui Facchini.


Essa é a realidade de Daniel Santos Fernandes, egresso do curso de Engenharia Civil na UNESP. Recém-formado, Daniel foi para o Canadá onde cursa uma especialização na área da Engenharia Civil em um college canadense. Entre as motivações dele para emigrar no país estão maior estabilidade política e econômica, as referências das escolas e o multiculturalismo. “O Canadá é um país multicultural, formado por imigrantes de diversas partes do mundo, o que facilita a integração de estrangeiros”, comenta. 


'Desenvolver como pessoa e como profissional'


Formado em 2017 pela Faculdade de Engenharia de Bauru, na UNESP, Daniel Santos Fernandes está em London, na província de Ontário, no Canadá cursando uma especialização na Fanshawe College (Foto: Acervo pessoal)


Apesar das boas chances de estudos, Daniel ressalta que, ao contrário do Brasil, a formação continuada não é gratuita. “Em boa parte dos estudos é necessário pagar, pois mesmo as escolas públicas são pagas, e para quem é estrangeiro, é mais cara ainda”, alerta.


Entre os desafios para a emigração, o ex-unespiano citou a necessidade de ter uma boa base de inglês e um considerável aporte financeiro. “Há também a possibilidade de aprender inglês já no Canadá, mas nesse caso a pessoa vai precisar de uma bolsa ou dinheiro próprio”. 


E além disso tem o fator adaptação. “Tem que estar preparado para o frio. É até preferível comprar blusas aqui no Canadá, pois deve sair mais barato. E também não criar muitas expectativas, pois é outro país com cultura, regras, e comidas diferentes. Na minha opinião, a comida brasileira e muito melhor. Pode haver uma certa decepção por parte de algumas pessoas que não se adaptam a cultura e o frio daqui”, relata o estudante. 


Mesmo com pouco tempo nesta experiência, Daniel revela que vale a pena investir no Canadá: “estou num pais que me possibilita realizar minhas atividades confortavelmente podendo desenvolver como pessoa e como profissional”. 


#partiuCanadá

Quem quer saber mais sobre a vida no país pode participar da 10ª ExpoCanadá, que acontece neste sábado, 15 de setembro, no Espaço Citron, antigo espaço Transatlântico (Rua José Guerra, 130) em São Paulo. O evento começa às 11h e conta com palestras e expositores. A atividade é de graça e você pode se inscrever neste link. 


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