3 iniciativas de jornalismo para você se informar durante a pandemia do coronavírus | Alumni Unesp
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Publicado em:
27/04/2020
27/04/2020
Tempo de leitura: 4 min

3 iniciativas de jornalismo para você se informar durante a pandemia do coronavírus
Conheça as mídias desenvolvidas por egressos da Unesp ,que produzem conteúdo de qualidade sobre a pandemia e a covid-19


Mais de 42,5 milhões de brasileiros caíram em Fake News sobre o coronavírus. O dado é da pesquisa realizada pela PSafe na primeira quinzena de março de 2020. Segundo o estudo, o WhatsApp é a principal rede de propagação de notícias falsas sobre a pandemia.


Combater as Fake News tem sido um desafio extra para as autoridades da saúde. O Ministério da Saúde, por exemplo, criou um canal para denunciar as notícias falsas. Nas cidades brasileiras, as prefeituras tem se empenhando em desenvolver um espaço de diálogo com os munícipes para evitar a disseminação de boatos.


Já no campo do jornalismo, grandes jornais de assinatura disponibilizaram matérias e reportagens sobre o coronavírus de graça. De fato, o acesso a matérias jornalísticas de qualidade é a melhor estratégia para reagir à desinformação. Por isso, o Portal Alumni Unesp listou três iniciativas de jornalismo que trabalham qualidade e excelência na cobertura sobre a pandemia do coronavírus: 



Agência Bori



Lançada em 12 de fevereiro deste ano, a Bori é uma plataforma que contribui para a divulgação científica no Brasil. A agência conecta o conhecimento inédito produzido em todas as áreas aos jornalistas do país. O projeto foi idealizado por Sabine Righetti, jornalista formada na Unesp, e Ana Paula Morales, biomédica especializada em jornalismo científico, e tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (FAPESP), Instituto Serrapilheira e a Scielo, biblioteca digital.


No primeiro mês, a Bori alcançou mais de 600 jornalistas, que se cadastraran na plataforma. A agência transforma pesquisas acadêmicas em notícias e já foi citada como fonte em jornais brasileiros como O Povo e Portal G1, e em jornais internacionais no país, como alemão Deusteche Welle


Durante a pandemia, a Bori criou uma seção especial destinada à jornalistas para a cobertura sobre o coronavírus, que reúne os estudos já pulicados sobre o vírus e doença causada (covid-19), banco de contato de cientistas brasileiros para entrevistas. Como é exclusiva para jornalistas, é preciso se cadastrar na plataforma para ter acesso ao conteúdo. A agência desenvolveu, também, uma editoria dedicada às interpretações de pesquisadores brasileiros sobre temas em pauta na imprensa. Esta seção é aberta e traz recomendações sobre o uso dos materiais e reprodução em outras mídias. 



Alma Preta



A agência de jornalismo especializada na temática racial foi criada em 2015, por um grupo de comunicadores da Unesp Bauru. A ideia foi inspirada pelo trabalho da imprensa negra brasileira e foi tema do Trabalho de Conclusão de Curso de Pedro Borges, jornalista e co-fundador da iniciativa.


Hoje, o Alma Preta é uma das principais mídias negras independentes do país, responsável por pautar as demandas da população negra brasileira, denunciar as violações de direitos humanos e noticiar os acontecimentos nos países de África. As reportagens do Alma Preta visibilizam os desafios e enfrentamento dos afro-brasileiros na sociedade. “Nós assumimos o caráter político de valorização do conhecimento e da cultura negra, bem como de exigência de direitos e questionamento ao Estado em todas as nossas produções”, afirma Pedro Borges, editor-chefe da agência.


A cobertura do coronavírus do Alma Preta inclui retratos das dificuldade das populações em situação de vulnerabilidade social e negra no acesso aos equipamentos de saúde, os dados e estatísticas que indicam as desigualdades e expõem a população negra aos riscos de contaminação pelo vírus e recomendações de conteúdos literários e audiovisuais produzidos por profissionais negros para a quarentena. Além disso, a agência é uma das únicas mídias a cobrirem as consequências da pandemia em África. 



Jornal Dois



Com o objetivo de ampliar o debate sobre os diversos temas da sociedade, o Jornal Dois é uma mídia independente de Bauru composta por jornalistas, produtores audiovisuais e designers formados na Unesp. A proposta da iniciativa é uma cobertura jornalística hiperlocal e aprofundada. Desde 2017, o J2 produz reportagens sobre política, direito à cidade, educação, cultura e movimentos sociais com abordagens que dialoguem a realidade de quem vive em Bauru. No ano passado, o jornal foi contemplado pelo edital de publicações culturais do ProAC e desenvolveu um documentário sobre o cenário cultural do rap e do funk na cidade.


Um dos diferenciais da cobertura do jornal são as produções audiovisuais veiculadas em suas redes. Os vídeos retratam manifestações de rua, atividades artísticas e culturais e o dia-a-dia dos bauruenses. Esse formato trouxe uma nova perspectiva de difusão de conteúdos jornalísticos para cidade, que utiliza a internet como suporte de difusão de matérias, oferecendo informações de qualidade dentro das redes sociais que já são acessadas diariamente pelos moradores de Bauru.


Sobre o coronavírus, as reportagens abordam disponibilidade de leitos no sistema de saúde da cidade, a situação dos trabalhadores diante do avanço da covid-19, as mudanças nos serviços públicos e na educação por conta da quarentena. A equipe também produz, diariamente, um boletim com atualização dos casos de covid-19 na cidade, comentando sobre o perfil das vítimas, a evolução da doença no município e a distribuição dos casos no território. 

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Seja um Parceiro pela Vida! Esta campanha da Unesp recebe doações para fortalecer as iniciativas de combate ao coronavírus. Para saber mais, acesse: prograddb.unesp.br/parceiro/

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