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A atuação como jornalista trouxe bastante dinamismo e experiências únicas para a vida de Matheus Ferreira. O egresso se formou em Jornalismo em 2018 pela Unesp, no câmpus de Bauru, onde também concluiu seu mestrado em Comunicação em 2020. Hoje, ele atua em um dos maiores jornais do estado - a Folha de S. Paulo - na editoria de “Comida” e no “Guia Folha”.
Neste ano, o egresso foi promovido de repórter para editor adjunto dentro das mesmas editorias. As matérias dessas seções auxiliam os leitores a conhecerem a aproveitarem opções de culinária, cultura e lazer na capital paulista, elas são divulgadas semanalmente no jornal impresso e no site da Folha de S. Paulo. “É uma rotina bem dinâmica, a cidade sempre tem novidades na cobertura de cinema, teatro, gastronomia, passeios, exposições e shows”.
O profissional comenta que o intuito é apresentar as opções de cultura através de um viés jornalístico, com o objetivo de informar e orientar o leitor, para que esse possa decidir se determinada atração lhe interessa. “Não somos influenciadores digitais ou publicitários”, explica.
“Por exemplo, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) abriu um novo prédio em março deste ano, como jornalista fui chamado para visitar o local antes da abertura oficial. Assim, pude conhecer todos os andares e as exposições, para informar aos leitores sobre a novidade, as obras, os artistas e as questões práticas sobre a visitação”.
A experiência resultou no texto “Masp abre novo prédio com cinco exposições e planeja projetos na área externa”, publicado pelo egresso. Outras matérias também marcaram a carreira do unespiano. No ano passado, ele colaborou para o especial “Viaja São Paulo” que o levou ao Chile, visitando as cidades de Santiago, Viña del Mar e Valparaíso para escrever roteiros de viagens e matérias sobre culinária local e cultura. O destino foi selecionado porque o jornal realizou uma pesquisa de opinião com os paulistanos e descobriu que o país era a opção de turismo favorita da maioria entrevistada.
Em maio de 2025, o egresso retornará ao Chile, mas desta vez com foco único na gastronomia. “Esporadicamente, na editoria de ‘Comida’ também escrevemos sobre lugares fora da metrópole”, explica o jornalista.
Para o editor, poder conhecer pessoas é uma motivação para permanecer no Jornalismo. Entre seus trabalhos, escreveu uma história de vida inusitada sobre um imigrante japonês, nascido em Nova Iorque (EUA), que se mudou para o Rio de Janeiro após se apaixonar por uma carioca.
A matéria “Americano que vendia pizza em forno no carro cria rede premiada no Rio de Janeiro”, conta a história de Sei Shiroma que, para sobreviver, construiu seu próprio forno de metal e começou a vender pizzas na rua. Essas ficaram conhecidas por serem boas e baratas, com o passar do tempo, o cozinheiro abriu cinco lojas na capital fluminense. Hoje, suas unidades integram o ranking de melhores pizzarias do mundo.
“Acho que o Jornalismo é isso - conhecer pessoas e contar histórias. Apesar de ser muito delicado e uma grande responsabilidade lidar com a vida de cada um”, destaca o egresso.
Início de carreira
Metheus lembra que a Folha de S. Paulo sempre foi uma meta em sua carreira, ele tentou entrar no processo de trainee em 2021, quando trabalhava na ONG “Amazônia Latitude”, mas não foi chamado. A aprovação veio na terceira tentativa.
“Os professores da Unesp sempre incentivaram nossa turma a buscar vagas em redações de grandes veículos de imprensa no Brasil. No interior é um pouco mais difícil o contato com essas organizações, mas é possível sim, só não dá para desistir, eu tentei por três vezes até conseguir ser aprovado”, ressalta.
O jornalista comenta que as principais formas de ingresso na Folha de S. Paulo para recém formados são o Treinamento Folha e a contratação via estágio. A primeira editoria que ele atuou como trainee foi a de “Ciência e Saúde”. Esse contato inicial fez com que ele fosse chamado para cobrir férias de um repórter e, assim, o contrataram para um trabalho temporário no “Guia Folha”, que acabou se tornando permanente.
Sobre a transição de cargos, o unespiano comenta que a atuação como repórter é mais “mão na massa”, sendo aquele pessoa que realiza as entrevistas e a checagem de informação. Enquanto, os editores focam na organização da edição - tanto no impresso quanto no digital - na delegação de tarefas e revisão.
“A Unesp me deu bases para o trabalho que realizo hoje, foi um grande centro de formação. A graduação é importante para entendermos conceitos, processos do Jornalismo e refletirmos sobre a profissão, isso ajudou bastante a compreender a área”, conta o jornalista.