Thiago: "a UNESP mudou minha vida" | Alumni Unesp
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Publicado em:
13/08/2018
13/08/2018
Tempo de leitura: 4 min

Thiago: "a UNESP mudou minha vida"
Ex-aluno de jornalismo relembra as histórias e oportunidades da faculdade


“Quando decidi prestar vestibular para jornalismo, eu tinha uma meta: entrar em uma universidade pública”, nos conta Thiago Roque. Ele, que é Descalvado (quase 180 km de Bauru), formou-se na UNESP em 2000. De lá para cá, Roque foi repórter e editor-chefe de vários jornais - jornal mesmo, impresso -, e agora atua como assessor parlamentar na Câmara Municipal de Bauru.


Ele nos fala que, na época em que prestou vestibular, a realidade era outra: “não existiam os financiamentos que hoje existem”. Durante a graduação Thiago conciliou os estudos com trabalhos para bancar os custos de morar em outra cidade, o que dificultou vivenciar o curso de forma plena - participando de projetos da universidade, por exemplo. “Mas o que também foi igualmente importante foi a convivência na vida universitária: na minha sala tínhamos pessoas de diferentes origens, histórias e objetivos. Essa pluralidade, que é comum ao andar pelos corredores da UNESP, é uma escola e tanto”, ressalta.


‘Saí cidadão’

Quando perguntamos sobre o que a graduação representou para ele, sua resposta foi: “A UNESP mudou minha vida, digo isso em toda a oportunidade que tenho. Entrei moleque, 17 anos, e saí cidadão”. Thiago acrescenta ainda que os quatro anos de curso trouxeram para eles muitas oportunidades, de debates em sala de aula, os conteúdos das disciplinas - “tudo colaborou demais para o meu crescimento”.


Das experiência mais marcantes que teve na faculdade, Roque nos fala sobre o primeiro Jornal Mural que elaborou:


“Eu já tinha trabalhado em jornal semanal na minha cidade, tinha visto o processo, mas a correria que foi pautar, apurar, escrever, imprimir e pendurar o jornal pela Unesp pela primeira vez foi muito legal. Meio que tudo foi fazendo sentido, sabe?”


E por falar em projetos, o jornalista atribui à UNESP a responsabilidade por conectá-lo a sua cidade natal: seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi um livro-reportagem sobre histórias de esportes da cidade, com um viés sócio-cultural. “Redescobri muitas histórias maravilhosas que sempre estiveram na minha frente em Descalvado, mas que eu nunca tinha reparado ou dado atenção”, comenta.


Mudanças

“Cara, mudou muita coisa. Na estrutura, principalmente. Não tinham as salas dos laboratórios novos (acho que vocês chamam de Mundo Perdido). Eu fiz aula de jornalismo radiofônico em máquinas de escrever! A biblioteca também era diferente. Na área externa, eu vivia de cachorro quente (era super barato), tinham inúmeros carrinhos, hoje não tem mais”, relembra o jornalista.


Além da estrutura,Thiago também observa que o acesso está diferente - são mais opções de projetos de extensão, grupos de estudo, coletivos estudantis. Ele explica que quando estudante também via um engajamento forte, mas havia limitações para o desenvolvimentos de atividades.


Foi nesse ambiente que vivenciou na universidade foi fundamental para o seu entendimento como profissional. “Na UNESP, não aprendi a ser somente jornalista: aprendi a ser jornalista para a sociedade. Considero esse o grande diferencial da universidade – e sou muito grato por isso”, pontua.


Depois que se formou Roque voltou ao câmpus para ser banca de TCCs e participar de palestras. “Essa foi uma maneira de manter a UNESP um pouco viva em mim”. Para nós do Alumni UNESP, Thiago revela o sonho de fazer um mestrado, que pretende colocar em prática agora que está de volta a Bauru.


Histórias

Das coisas que valem à pena serem compartilhadas, alguns relatos de Thiago Roque durante nossa entrevista não podem ser excluídos deste texto. Um deles é esse, da época do vestibular:


“Como sou um contador de histórias, vou te contar um fato engraçado: em Descalvado, não tinha local para prestar o vestibular da Unesp, então, viajei até Araraquara para fazer a prova. No segundo dia de prova, o ônibus quebrou. Ficamos, eu e meu primo Matheus (que prestava Odonto) parados quase uma hora na estrada, aguardando o novo ônibus para nos levar para Araraquara – e contando as horas para o fechamento dos portões da escola. Quando chegamos em Araraquara, saímos correndo da rodoviária até a escola – e chegamos em cima da hora! Nem almoçamos aquele dia. E, ufa, deu tudo certo!”


Ou este, sobre a primeira vez que foi banca de TCC na UNESP:


“Uma coisa muito legal também, não sei se conta, foi a primeira vez que voltei para a Unesp após formado, mas para ser banca de um TCC. Foi logo no ano seguinte. Quem apresenta o TCC sabe o quanto é tenso o momento. Depois, como banca, eu percebi o quanto o aluno realmente está preparado, mas não sabe disso. Participei de diversas bancas, com trabalhos sensacionais. Foram bem marcantes”.


Ou ainda sobre a contribuição da UNESP para a formação dele:


“A Unesp não só contribuiu, ela É a minha formação. A bagagem das disciplinas de humanas são fundamentais para que o jornalista entenda seu papel dentro da sociedade – ele escolhe depois o que quer fazer, mas precisa entender a importância transformadora que tem na vida das pessoas. O ambiente que encontrei na Unesp, dentro e fora da sala de aula, foi fundamental para esse meu entendimento. Tive o privilégio de ter grandes professores também, orientadores não só da profissão, mas de como essa profissão poderia ajudar a sociedade.”

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