Robson: “nós saímos da UNESP, mas ela não saí de nós e isso é pura verdade” | Alumni Unesp
Notícias fresquinhas para você ficar atualizado.
Publicado em:
20/11/2019
20/11/2019
Tempo de leitura: 2 min

Robson: “nós saímos da UNESP, mas ela não saí de nós e isso é pura verdade”
Egresso de Franca conta como a universidade abriu caminho para se tornar Gestor de Parcerias da Prefeitura de São Paulo


Robson de Jesus Ribeiro é formado em Serviço Social pelo campus de Franca da Unesp. Depois da graduação, ele trabalhou em uma ONG, escreveu um livro e voltou para fazer mestrado na universidade. Nesse meio tempo, Ribeiro começou a trabalhar na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo como Gestor de Parcerias. 


Para ele, o que fez diferença na formação e impulsionou a carreira foi a universidade. “A UNESP foi o divisor de águas na minha vida, eu nunca imaginei cursar uma universidade, talvez nem meus pais, nem meus irmãos. Foi um sonho daqueles que a gente vai alimentando, porém cursar uma universidade ainda não é para todos no país”.


Descobertas e transformação

Ao entrar na Unesp de Franca, em 2012, Robson conta que começou a ter referência sobre o que é uma cidade grande e uma universidade pública. Franca tem 350 mil habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (2017); o campus tem mais de 2 mil alunos entre graduação e pós. O ambiente universitário, muito diferente de tudo que tinha conhecido até então, foi que colaborou com seu crescimento profissional e pessoal.


“Na minha cidade, em 2012, ainda não tínhamos internet, e isso dificultava muito o acesso a informações. No meu primeiro ano do ensino médio, a diretora da minha escola ofereceu R$ 50,00 para eu auxiliar na biblioteca da escola. Eu descobri a UNESP ali, através do guia de profissões”, relembra. “


A universidade também é um espaço de convívio com a diversidade. Instituições como a Unesp, que possuem o sistema de reserva de vagas para estudantes de escola pública e alunos pretos, pardos indígenas, constroem um ambiente diverso, com debates e experiências distintas, além de gerar identificação entre os alunos e a própria unidade. É neste modelo que, para Robson, os debates e a construção de relações dentro da UNESP simbolizaram um momento de descobertas e transformação.


Durante toda a graduação, Ribeiro morou na moradia estudantil. A permanência de Franca oferece 64 vagas para moradores. Conhecer pessoas em um local de acolhimento e de discussão foi marcante para o egresso: “Éramos dezenas de universitários compartilhando o mesmo espaço. Todos de origem bastante similar, com problemas em comum e com o mesmo sonho”.


Carreira

Robson nos conta que, um ano antes de se formar se planejou para ir morar em São Paulo. Enviou currículos e se preparou para mudar de cidade. Foi na véspera da colação de grau que recebeu a ligação de uma ONG, dizendo que tinha sido aprovado no processo seletivo e que começaria três dias depois! 


Nesta organização, Ribeiro construiu sua carreira profissional até chegar à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo. Ele comenta que desejo de continuar estudando foi uma motivação para manter contato com a produção acadêmica. Em 2016 ele publicou o livro “Os Amargos Frutos do Trabalho Brutal - agrotóxicos e saúde do trabalhador” com base no seu Trabalho de Conclusão de Curso. “A gente brincava na graduação que nós saímos da UNESP, mas ela não saía de nós e é pura verdade”. Depois do livro, Robson voltou para a Unesp, desta vez para o mestrado em Desenvolvimento Territorial da América Latina no Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais.


Memórias

Viajar mais de 600 quilômetros para estudar faz com que a universidade deixe de ser um espaço somente de construção de conhecimento. “A imagem que marca a chegada na Unesp foi quando eu peguei a maior mala que tinha na minha casa, coloquei todas minhas coisas e dei tchau para meu pai e minha mãe. Mesmo chegando antes do início das aulas eu fui recebido na moradia da UNESP com todo o carinho”.


Entre todas as experiências vividas, Robson recorda que poucos lugares trouxeram tantas experiências boas como a universidade. “Fiz grandes amizades, principalmente com as pessoas que compartilhei moradia. Hoje cada uma dessas pessoas está em um lugar diferente, com objetivos diferentes. Ter essas pessoas bem perto novamente é uma coisa que sinto falta”.

Últimas notícias

Egressa e pesquisadora explicam sobre o Projeto de Altas Habilidades e Superdotação da Unesp O projeto de extensão atende gratuitamente crianças na cidade de Bauru
Últimos dias para aproveitar os descontos de abril da Livraria Unesp Ofertas em 25% e 40% para atualizar sua coleção
Transformação social e cultura: conheça a egressa Larissa Dionisio A unespiana é formada em Relações Públicas e atua com projetos de impacto social