Empresa filha: BioBreyer utiliza a ciência para aprimorar medicamento que trata o câncer | Alumni Unesp
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Publicado em:
31/05/2021
31/05/2021
Tempo de leitura: 5 min

Empresa filha: BioBreyer utiliza a ciência para aprimorar medicamento que trata o câncer
Biofármaco desenvolvido pela empresa auxilia no tratamento da leucemia linfóide aguda





Em coautoria com Tainah Veras - AUIN


A BioBreyer foi criada em 2017, por dois egressos do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, em São Vicente. Renata Bannitz é diretora de pesquisas e fundadora, ela se formou em Biologia pelo IB e, atualmente, possui doutorado em Ciências pela USP. O outro fundador é Carlos Alexandre Breyer, que é diretor executivo da empresa, formado em Biotecnologia pela UNOESC e pós doutor pela Unesp. A startup tem como carro chefe o aprimoramento de um remédio que trata o tipo de câncer mais comum em crianças e adolescentes.


A leucemia linfóide aguda é responsável por 75-80% dos casos de leucemias em crianças, segundo estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para o tratamento dessa doença existe um medicamento muito utilizado, a Asparaginase. O trabalho de pesquisa, que é o carro chefe da BioBreyer, foi aprimorar esse biofármaco, desenvolvendo uma Asparaginase que apresente menos efeitos colaterais e melhore a eficiência no tratamento, aumentando a qualidade de vida dos pacientes.


A empresa está envolvida com diversas pesquisas de alta complexidade, como desenvolvimento de kits de detecção do Coronavírus e, também, presta serviços na área de biotecnologia industrial. A sede da startup é localizada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia da USP (CIETEC-IPEN/USP).


A BioBreyer é considerada uma spin-off devido ao seu alto contato com a universidade e pesquisas acadêmicas. A empresa nasceu a partir de um projeto temático da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), executado pela Unesp e pela USP. Além disso, obteve fomento do programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), concluindo a fase 1 do programa e, atualmente, está realizando a fase 2. Com esse fomento, foram recebidos recursos de mais de R$ 1 milhão para o desenvolvimento do processo produtivo do biofármaco Asparaginase. 


Outro importante recurso foi fornecido pela empresa pública FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). A instituição apoiou a BioBreyer com aproximadamente R$ 500 mil, para o desenvolvimento de kits de detecção do vírus responsável pela Covid-19, tanto em amostras humanas quanto ambientais. Esses kits propostos pela startup têm como diferenciais o diagnóstico rápido utilizando para isso insumos nacionais e a alta precisão da técnica. Para viabilizar esse projeto, a BioBreyer se uniu ao Laboratório de Biologia Molecular Estrutural do câmpus da Unesp de São Vicente, em uma conexão fundamental para a produção das enzimas necessárias para a produção dos kits de detecção do vírus.


Vale destacar também que a empresa foi uma das 10 iniciativas brasileiras selecionadas para participar do programa AIT, promovido pela Swissnex Brasil, em parceria com a Universidade de St. Gallen, o CNPq e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação. O programa tem como objetivo conectar cientistas empreendedores brasileiros e suíços com a indústria. Esse projeto é feito em duas etapas, uma no Brasil e outra na Suíça. Por meio dele, os sócios Carlos e Renata receberam treinamento e conseguiram parcerias importantes para o desenvolvimento de suas atividades. 


Como sócia fundadora da empresa, Renata também participou do evento “Mulheres na Ciência e Inovação” (2019), oferecido pelo Museu do Amanhã e o British Council e, como prêmio deste evento, foi contemplada com uma Missão no Reino Unido (2020) sobre empreendedorismo e inovação.


Carlos e Renata fazem questão de reforçar a proximidade com a Universidade e a gratidão que possuem pela Unesp. Inclusive, eles participaram da Mostra Unesp, que ocorreu entre 12 e 23 de agosto de 2019 na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, apresentando as etapas de desenvolvimento da Asparaginase. 


Quando questionados sobre a relevância da Instituição para a formação deles e de outras pessoas, Carlos e Renata ressaltaram: “a Unesp proporcionou um ótimo ambiente de pesquisa para nossa formação científica. O ambiente estruturado contribui significativamente para a inovação e para a união de esforços e talentos que impactam a vida de milhares de pessoas. Achamos que ainda é possível oferecer mais facilidade para que as empresas utilizem os laboratórios da instituição, além de potencializar a elaboração de contratos em forma de parceria de co-desenvolvimento ou compra de serviço. Porém, temos acompanhado a AUIN e vemos uma grande evolução nos últimos anos, principalmente, pela visibilidade dada a patentes, projetos e empresas criadas na Unesp. Isso é excelente!"





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