Egresso da 1ª turma de mestrado em Biologia da Unesp se torna um pesquisador de referência | Alumni Unesp
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Publicado em:
16/10/2024
16/10/2024
Tempo de leitura: 6 min

Egresso da 1ª turma de mestrado em Biologia da Unesp se torna um pesquisador de referência
Osmar Malaspina, atualmente, é professor sênior do Departamento de Biologia Geral e Aplicada do câmpus de Rio Claro


Osmar Malaspina é um pesquisador de referência em estudos dos efeitos dos agrotóxicos em abelhas. Ele é consultor na área e já publicou um manual junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Atualmente, é professor sênior do Departamento de Biologia Geral e Aplicada da Unesp em Rio Claro, onde foi aluno da 1ª turma de mestrado. 


O biólogo se formou em 1971 pelo Centro Universitário Sagrado Coração em Bauru. Ele conta que sempre teve interesse pela área porque cresceu na roça com sua família em Tabatinga (SP). Logo após a formatura, passou a lecionar em uma escola pública em Araraquara. 


Desde seu primeiro emprego como professor, Osmar acumula 53 anos de docência. Devido ao seu interesse contínuo em Biologia, passou a estagiar em uma faculdade em Araraquara. Em 1976, a Unesp uniu os institutos isolados e criou a universidade paulista em seu modelo multicampi. 


Os setores de Biologia foram remanejados para o câmpus de Rio Claro, onde Osmar ingressou na 1ª turma de mestrado em Ciências Biológicas da Unesp. Desde o início, suas pesquisas avaliaram como os agrotóxicos prejudicam as abelhas


Posteriormente, entrou para o doutorado na mesma área e se dedicou ao estudo do comportamento das abelhas. Dois anos após a conclusão da tese, ele se tornou docente na Unesp em 1984.


Avanço nas pesquisas e atuação com o Ibama


Em sua carreira, publicou centenas de artigos científicos e orientou dezenas de estudantes em iniciações científicas, pós-graduações e pós-doutorados. Com o tempo, Osmar se tornou uma referência em sua área. 


Além disso, ele fundou o Laboratório de Ecotoxicologia e Conservação de

Abelhas (Leca) no Instituto de Biociências de Rio Claro. “As pessoas achavam que a mortalidade de abelhas acontecia devido a doenças. Nós, desde o início, acreditávamos que eram os agrotóxicos e conseguimos comprovar”, afirma o pesquisador. 


Em 2012, o Ibama foi acionado devido à alta mortalidade de abelhas. O instituto precisou montar um grupo de pesquisa e ao se deparar com os estudos do docente, chamaram Osmar para prestar aporte científico e ser consultor. O objetivo era criar políticas públicas para regulamentar os agrotóxicos. A iniciativa resultou no “Manual de Avaliação de Risco Ambiental de Agrotóxicos para Abelhas”, cujo o egresso é um dos autores, pois fez parte do grupo técnico de trabalho sobre procedimentos de avaliação de risco de agrotóxicos para abelhas.


O Ibama criou Instruções Normativas, baseadas nas avaliações ambientais, para proteção dos insetos polinizadores. O docente explica que o manual norteia quais pesticidas podem ou não ser utilizados no Brasil. “Se uma empresa criar um novo agrotóxico, esse precisa passar pelas regras impostas pelo manual”, explica.


Osmar também é o representante brasileiro na Comissão Internacional para

Relações Planta-Polinizador (ICPPR), na áreas de desenvolvimento de métodos para testes de toxicidade em abelhas nativas brasileiras. 


O docente também atuou como coordenador do projeto temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) sobre interações entre as abelhas e a Agricultura. A pesquisa buscou encontrar perspectivas sustentáveis. Além disso, o pesquisador também possui uma patente em sua área de estudos.


Relação com a Unesp


“Acho fantástica a evolução da Unesp, pude acompanhar todo o desenvolvimento da universidade. Hoje, é considerada uma das melhores do Brasil, consolidou seu nome no cenário nacional e internacional”, ressalta. 


O professor também destaca a qualidade dos profissionais formados pelo Instituto de Biociências do câmpus de Rio Claro. O docente sênior continua orientando discentes da pós-graduação, onde ainda leciona e acompanha pesquisas dos laboratórios. 


“Fui muito feliz por tudo que vivi na Unesp e vivo até hoje. Para o futuro, desejo que ela continue crescendo, incorpore tecnologias, contribua e gere retorno para comunidade que financia as pesquisas”. O egresso também comenta sobre o importante papel da universidade em incluir estudantes da educação básica pública, que se tornarão os futuros cientistas.  




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