Egressa apresenta 4 dicas essenciais para quem quer estudar na França | Alumni Unesp
Notícias fresquinhas para você ficar atualizado.
Publicado em:
22/11/2021
22/11/2021
Tempo de leitura: 8 min

Egressa apresenta 4 dicas essenciais para quem quer estudar na França
Em setembro deste ano a unespiana foi aprovada no mestrado em uma universidade francesa




Estudar no exterior era um dos sonhos de Nathalie Caroni, que é egressa de Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Unesp, câmpus de Bauru. Em 2021, ela realizou esse desejo e iniciou um mestrado em Negociação de Projetos Internacionais na Universidade Paul Valéry Montpellier III. A comunicadora separou 4 dicas para auxiliar quem deseja estudar na França, são informações sobre documentações, universidades, bolsas e possibilidades. Ela também nos contou sobre sua experiência na Unesp e sua trajetória.


Nathalie optou por Jornalismo na Unesp aos 18 anos, ela fez essa escolha porque sempre se interessou pela área da Comunicação e queria morar sozinha em outra cidade. Assim, saiu de São Paulo e se mudou para Bauru, onde permaneceu até sua formatura em 2019. Logo em seguida, em 2020, começou a pandemia. “Fiquei bastante tempo em casa e refleti muito sobre o que gostaria de fazer. Sempre tive vontade de fazer pós-graduação ou alguma especialização”, conta a unespiana.


Outro fator que motivou sua decisão foi a crise econômica no Brasil, como recém formada estava tendo dificuldades em conseguir oportunidades ou ter perspectivas de carreira mais sólidas. Devido a isso, ela trabalhou por um tempo, guardando dinheiro para que no outro ano pudesse aplicar sua candidatura. Após sua aprovação, pôde frequentar as aulas que começaram em setembro de 2021. Segundo ela, “o nome da Unesp em meu currículo também contribuiu para eu ser aceita neste mestrado”. 


Sobre sua experiência, ela conta: “estou aprendendo muito na nova faculdade, tenho aulas ótimas, professores exigentes e muito trabalho para entregar. A cidade é incrível e fiz muitos amigos, estou feliz com a escolha que fiz, não me arrependo de ter vindo. Essa experiência vai ser importante para meu futuro e meu currículo, para as profissões que eu for exercer após o mestrado. Também é muito desafiador, sinto saudades de casa e nossa moeda está muito desvalorizada em relação ao euro. Como eu ganhava em reais antes de vir para cá, estou tendo algumas dificuldades, principalmente com preço de aluguel, mas fora esses perrengues está sendo incrível”.


Universidade Paul Valéry Montpellier III. Foto: Nathalie Caroni.


Nathalie é franco-brasileira e prestou a candidatura como uma estudante francesa, mas como está acompanhando de perto o processo de candidatura de amigos brasileiros que estão tentando fazer mestrado no país, ela separou 4 dicas para auxiliar quem também tem esse sonho. “Tenho muito contato com estudantes daqui que são estrangeiros e que passaram por esse processo”, afirma.


Dicas para quem deseja estudar na França



1) Exame de proficiência na língua 


“Antes de tudo é preciso estudar francês, não é um idioma fácil, mas não impossível. É preciso ter certificado de proficiência. É a primeira documentação que as organizações de apoio aos estudantes pedirão. Tenho amigos que estudaram por 1 ano e meio e conseguiram passar, mas é preciso estudar bastante”, explica a egressa.


As provas de francês que são aplicadas no Brasil são:


  • DELF – Diplôme d’Etudes en Langue Française
  • DALF - Diplôme Approfondi de Langue Française
  • TCF – Test de Connaissance du Français
  • TEF – Test d’Evaluation de Français


Há algumas diferenças entre esses testes, o DELF e o DALF são diplomas de língua francesa e não têm prazo de validade. Sendo o DELF para estudantes de nível intermediário e o DALF para nível avançado. Já o TCF e o TEF são atestados e têm validade de 2 anos e 1 ano, respectivamente. 


2) Pesquisar Universidades e taxas anuais


“É preciso pesquisar as universidades, são muitas e têm muitos cursos e oportunidades diversas. Lembrando que as candidaturas aqui são em épocas diferentes, o início das aulas é em setembro e as candidaturas para estrangeiros precisam ser feitas com antecedência. Para estudar no ano que vem (2022) seria preciso enviar a candidatura até dezembro deste ano e os resultados saem por volta de maio e junho, as datas específicas são informadas pelo Campus France”, conta Nathalie.

 

Ela também informa que existe o site Trouver Mon Master, onde tem um catálogo com todos os mestrados disponíveis na França. A estudante informa que, assim como no Brasil, há as faculdades públicas e privadas. Diferente de nosso país, as públicas têm taxas anuais, mesmo assim são muito mais baratas que as particulares. As taxas para cursos de graduação custam cerca de 170 euros, para mestrado 243 euros e as de doutorado são em torno de 380 euros, segundo o Campus France. Esse valor pode ser parcelado e é pago apenas uma vez no ano.


Entretanto, em 2019, o primeiro ministro francês sancionou uma lei que aumenta as taxas das universidades públicas especificamente para estudantes estrangeiros. “Para os alunos de outros países esses valores seriam acima de 2000 euros anuais, o que é absurdo. Muitas universidades se posicionaram contra isso, são 50 universidades francesas que se recusaram e continuam cobrando as taxas normais para estudantes franceses e estrangeiros”, explica Nathalie.


3) Entre em contato com o Campus France 


“Para vir para a França é preciso entrar em contato com o Campus France Brasil, que é uma organização feita para trazer estudantes estrangeiros para cá. Consegue-se marcar reuniões com a equipe totalmente de graça pelo site e eles tiram todas as dúvidas. É através dessa organização que se manda as candidaturas para as universidades e entra-se em contato com o câmpus que o estudante deseja”, afirma a egressa.


Existe uma taxa de administração que a organização cobra, são 570 reais para fazer a candidatura. Neste link está o processo do Campus France, mostrando o passo a passo p que deve ser feito. 


Segundo Nathalie, a carta de motivação é um dos documentos mais importantes da seletiva e deve ser escrita em francês ou em inglês (se o curso for ministrado em língua inglesa). 

Outra questão importante é a tradução juramentada do diploma e do histórico escolar.


4) Bolsas estudantis


Há bolsas de estudo para estrangeiros, com elas é possível, também, ter a isenção da taxa anual. Há alguns programas que fornecem auxílios mensalmente e outros que dão um valor total, de uma vez só, para os candidatos aprovados . 


Há uma seção do site do Campus France onde estão disponíveis 129 tipos diferentes de bolsas, esse número varia conforme a publicação dos editais. Esses são oriundas de diversas instituições, desde a CAPES até ministérios de outros países e existem as seguintes modalidades: “Estudo, Investigação, Estágio ou Viagem", sendo que cada candidatura tem características específicas.


Além disso, para quem já é estudante da Unesp, seja de graduação, mestrado ou doutorado, há os editais próprios da universidade em parceria com universidades francesas. Os editais são disponibilizados no sistema de cada aluno na aba de intercâmbios. Além disso, cada câmpus possui uma seção técnica que informa os estudantes sobre as possibilidades internacionais específicas de cada curso, para isso é preciso entrar em contato com a administração de sua unidade. Através da Unesp, os processos são mais baratos e mais simples.


Nathalie informa que “a França é o país que mais acolhe estudantes estrangeiros no mundo. Na minha faculdade cerca de um quarto dos alunos são estrangeiros e há uma cultura entre os estudantes de ajudar uns aos outros. Por isso, não exite em pedir ajuda para quem já passou por isso”. 


Relação com Unesp 


A egressa, que pensa em retornar ao Brasil após alguns anos de trabalho em sua área,, afirma que a passagem pela Unesp foi essencial em sua formação como profissional e como pessoa. 


“A Unesp contribuiu um milhão por cento na minha formação pessoal e profissional. Foi uma das etapas mais importantes da minha vida, foi lá que me defini enquanto pessoa. O ambiente me ajudou a descobrir quem eu sou, conheci os meus melhores amigos, meu namorado, tive professores muito especiais e pessoas maravilhosas que mudaram a minha vida. Passei 6 anos da minha vida na universidade e, realmente, foi incrível. Não mudaria nada do que aconteceu na minha experiência, curti muito, ralei muito, vivi a experiência unespiana como um todo”.



Últimas notícias

Câmpus de Araraquara: 5 vagas abertas para professores assistentes e substitutos As contratações são para atuar nas áreas de: Bioquímica, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Economia, Química e Física
“Tive contato com a desigualdade desmascarada”, conta egressa que atuou com refugiados Por dois anos, Suelen Nina Kanashiro atuou em uma Organização Humanitária
Clube do Livro Sci-SAIFR: “O mundo assombrado pelos demônios” O debate virtual sobre a obra acontecerá no dia 17 de abril