O câmpus de Bauru é o maior entre todos da Unesp e seu início ocorreu em 1988, quando a Universidade de Bauru (IB) foi incorporada. A área onde o câmpus se localiza possui 456.987.017 hectares, e 52.403,15 m² de área construída. Toda essa extensão comporta desde uma Praça de Esportes, com piscinas e quadras, até uma Área de Preservação Ambiental (APA), que é utilizada para pesquisas e, também, para conservar a biodiversidade existente no cerrado. Hoje, a universidade se divide em 3 unidades universitárias, todas com graduação, pós-graduação e cursos de especialização, são elas: a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC); a Faculdade de Engenharia (FEB) e a Faculdade de Ciências (FC). Além disso, também há um canal de televisão aberta (TV Unesp) e uma rádio (Rádio Unesp) cujas ondas cobrem toda a extensão de Bauru e região.
A variedade de áreas do conhecimento é bastante extensa, são cerca de 7000 alunos distribuídos em cursos diversos, como Ciências da Computação, Educação Física, Licenciaturas, Engenharias, Comunicação, Psicologia, entre outros. Com toda essa diversidade, a equipe do Alumni, por meio de uma pesquisa informal que consultou estudantes e egressos, elencou as principais atividades que os alunos de várias gerações já passaram, presenciaram ou, ao menos, ouviram falar durante seus anos de graduação:
1) Quando calouro, ficar confuso com localizações como “40’s 50’s 60’s 70’s” etc.
No câmpus de Bauru, as salas são divididas por numerações. Para quem já acumula alguns anos de casa, os números passam a ser formas fáceis de localizar onde vai ser determinada palestra ou aula. Ainda há o detalhe de que a frase “as 70’s”, algumas vezes, representam todo o conjunto de salas numeradas de 60 a 80, então pode ser que o evento seja na sala 65 e te direcionem para “as 70’s”, parece confuso, mas com o tempo os estudantes acabam se localizando melhor no câmpus.
2) Como assim existem “dois mundos perdidos”?
O câmpus é grande, isso acaba fazendo com que os alunos andem por grandes extensões a pé. Quando algum conjunto de laboratórios fica mais isolado das estruturas principais, recebe o nome de “mundo perdido”. Em Bauru são dois: o da Comunicação e o da Biologia, sendo o segundo ainda mais longe.
3) Pegar carona solidária no portão 1 da FAAC e ouvir a frase “para Praça da Paz?”
As caronas são uma forma de auxílio para os estudantes que possuem uma renda mais baixa, além de ser uma alternativa ecológica. A Praça da Paz era um dos principais destinos, pois está localizada próxima a Vila Universitária, um dos bairros que possuem uma grande quantidade de repúblicas na cidade.
4) Ir no “Amarelou” ou alguma outra confraternização no Ubaiano
Ubaiano é o bar em frente a Unesp, quando a universidade ainda não ficava em sua localização atual, o Ubaiano já existia. Sendo o “u” na frente do nome uma referência a faculdade. Quando a Unesp mudou-se para a rodovia, o bar a seguiu e instaurou um novo ponto logo em frente ao câmpus. É um lugar que os estudantes frequentam após a aula e onde acontecem algumas celebrações, como o “Amarelou”, um evento que a torcida organizada promove na semana do Inter, no qual quem estiver vestindo amarelo ganha um drink grátis.
5) Tirar um cochilo na sede dos CA’s e DA’s depois do almoço
Para quem é do diurno e tem aula de manhã e de tarde, o horário de almoço é o momento de pausa para, quem sabe, tirar uma soneca, seja nos sofás da parte central, no sofá do Cacoff ou nos colchões do Dacel.
6) Acordar bem cedo para comprar RU
O Restaurante Universitário em Bauru não comporta todos os estudantes do câmpus, pois não há capacidade de fornecer refeições para todos. Essa é uma reivindicação dos estudantes que ainda não foi solucionada. Devido ao número restrito de refeições, as compras eram feitas pela manhã e por ordem de chegada no site da administração ou pelo aplicativo. Anteriormente, era formada uma fila presencial que seguia até esgotarem as vendas e quem chegava antes de todos tinha mais chance de garantir sua vaga no restaurante.
7) Foi em uma assembleia no Guilhermão
Seja para debater uma pauta referente ao movimento estudantil, à permanência estudantil, alguma documentação do estado que impacta a universidade pública ou até para votar se aconteceria uma greve, o Guilhermão (anfiteatro) era o local onde a maior parte das assembleias eram feitas.
8) Sentar nos sofás da biblioteca para ler um jornal ou livro e ter a companhia do “gato da biblioteca”
Infelizmente, o “gato da biblioteca” faleceu em maio de 2020, no começo da pandemia, para a tristeza de todos, principalmente dos funcionários que o alimentavam e cuidavam. Ele está nesta lista porque todos os dias estava por ali, compondo as lembranças de todos os unespianos que frequentaram aquele espaço, seja para fazer um carinho no gato ou acabar se espremendo com algum colega para que o gatinho também coubesse no sofá.
Homenagem da equipe da biblioteca feita para o "mascote".
9) Sentir um clima de rivalidade entre Bauru e Prudente durante o Inter
O evento é oficialmente desvinculado da instituição, sendo uma organização própria das Atléticas da Unesp. Durante 4 dias, os times esportivos de todos os 24 câmpus disputam em várias categorias esportivas diferentes. Após todos os jogos é feita uma contagem dos pontos e elege-se um campeão. O câmpus de Bauru é o que mais acumulou títulos de primeiro lugar ao longo dos anos, sendo seguido pelo câmpus de Prudente, o que pode gerar um certo clima de “rivalidade” em alguns momentos da competição.
Equipe de Handball feminino disputando a final do Inter de 2018. Foto: Atlética Bauru.
10) Escolher se você e seus amigos vão em “festa pequena ou festa grande”
Em Bauru há um grande número de repúblicas que costumam dar festas e, também, a atlética, a torcida organizada e a bateria que frequentemente organizavam festas maiores em locais de eventos. Dessa forma, era comum ter que decidir entre umas 3 opção de entretenimento que ocorreriam no mesmo dia, durante um final de semana.