
A consultoria acadêmica Oppia foi criada com o objetivo de auxiliar estudantes, mestrandos e doutorandos em suas jornadas acadêmicas, fazendo com que essa caminhada seja mais tranquila. O empreendimento foi criado por Sabrina del Sarto e Mariana Bueno, egressas do curso de Ciências Sociais da Unesp em Marília.
Sabrina é mestra e doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina e Mariana é mestra em Ciências Sociais pela Unesp. Ambas usaram a experiência adquirida na universidade para criar a Oppia.
Segundo Sabrina: “A Oppia nasceu porque eu e a Mariana já ajudávamos os nossos amigos, sempre fomos solicitadas, desde a graduação. Frequentemente, nos perguntavam a nossa opinião sobre algum trabalho acadêmico. Então, a gente foi ganhando experiência e acabamos criando uma metodologia única e personalizada, para auxiliar os estudantes que estão com dificuldades, se sentem travados, não conseguem desenvolver a escrita e não estão tendo uma vida acadêmica leve, que é o nosso principal propósito.
As pessoas que buscam a Oppia normalmente são estudantes da graduação que querem entrar no mestrado e precisam de ajuda com o processo seletivo. A consultoria oferece orientações para pré-projeto, plano de estudos, revisão de ortografia e ABNT e até simulam a entrevista seletiva, para que o candidato possa praticar.
As cientistas contam que mestrandos e doutorandos também buscam os serviços, assim elas os auxiliam com a escrita e fazem simulações de banca de qualificação, por exemplo.

Sabrina conta que a vivência acadêmica tem seus perigos para saúde mental e isso pode afetar a carreira dos pesquisadores. “Muitos estudantes chegam para a gente muito fragilizados e o processo dentro da Oppia é transformador. É um sonho que a gente conseguiu tirar do papel porque acreditamos em um mundo acadêmico saudável e mais leve”.
Carreira acadêmica e motivações das unespianas
Mariana ressalta que apesar de ser cientista social, hoje, se sente mais atraída pela área Educacional. A Oppia permite que ela se aproxime da Educação e trabalhe de uma forma livre, tomando as próprias decisões sobre ensino e aprendizagem, o que para ela é muito gratificante.
Por coincidência, a Educação foi o primeiro interesse de Sabrina, foi esse desejo que a fez iniciar seus estudos na Unesp. “A motivação ao escolher o curso foi a vontade de dar aula. A minha ideia inicial era dar aula em escolas públicas e eu via na Sociologia uma possibilidade de desconstruir muros e barreiras sociais, por isso escolhi as Ciências Sociais. Depois me apaixonei pela Antropologia e já no final do primeiro ano comecei a fazer pesquisa na área. Desde então, tenho me apaixonado pelo aprendizado a partir da experiência e da convivência, que é o que a Etnografia nos permite fazer”, afirma Sabrina.
Mariana também se envolveu muito com a pesquisa durante a sua graduação, ela teve várias bolsas de estudo durante a faculdade: “Eu gostava de estar nesse ambiente acadêmico e de fazer parte de grupos de pesquisa”.
Ela, por sua vez, conta que escolheu o curso de Ciências Sociais durante o seu primeiro ano de Publicidade Propaganda na PUC (Pontifícia Universidade Católica), porque teve contato com disciplinas de Antropologia, Sociologia e Política.
“Quem fez com que eu me apaixonasse pela Antropologia foi a antropóloga Profa. Dra. Taniele Rui que é docente da Unicamp e, na época, também lecionava na PUC. Ela estudava a cracolândia e levava os diários de campo dela para mostrar aos alunos, isso me motivou demais e decidi prestar a Unesp”, conclui Mariana.
Com o tempo, Mariana foi migrando para a Sociologia. Durante a sua Iniciação Científica e o seu mestrado, ela estudou sobre Sociologia Cultural e o engajamento político da bossa nova através das obras de Sérgio Ricardo.
Sabrina, por sua vez, continua na Antropologia e por meio da Etnografia estuda sobre a vida social de pessoas que moram em hospitais psiquiátricos, construindo um olhar crítico sobre a lógica manicomial, que ainda é uma realidade no Brasil.
A antropóloga afirma: “a Unesp contribuiu muito para minha formação pessoal e profissional. Meus colegas e professores foram fundamentais para construir essa paixão pelo mundo acadêmico e que, agora, é um amor tranquilo”.
Mariana conta que “a Unesp contribuiu demais para minha formação, sou muito grata a todas as pessoas por tudo que já passei na universidade, as experiências que tive, contatos com funcionários, professores e amigos. Foi um crescimento, me vejo muito diferente do que quando entrei e mudou quem sou, porque aprendi demais e, profissionalmente, me proporcionou estar eu onde gostaria”.
Por último, Sabrina deixa um conselho para quem deseja seguir uma carreira acadêmica: “
É preciso pensar e refletir sobre o porquê que você deseja seguir na pesquisa. Pois o mestrado e o doutorado é uma coisa que a gente faz para nós mesmos, que ninguém pode tirar da gente. Um desenvolvimento pessoal único, uma superação constante de desafios, mas ao mesmo tempo é extremamente transformador”.
Para saber mais sobre os serviços da Oppia e acompanhar as egressas siga a página Oppia Soluções no Instagram.