Superintendente de projetos do Museu Catavento mostra como é a atuação de arquitetos em instituições culturais | Alumni Unesp
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Publicado em:
22/03/2024
22/03/2024
Tempo de leitura: 6 min

Superintendente de projetos do Museu Catavento mostra como é a atuação de arquitetos em instituições culturais
Ricardo Pisanelli é egresso de Arquitetura formado pela Unesp e atua no Museu Catavento



Ricardo Pisanelli passou sua infância em São Carlos e adolescência em Ribeirão Preto, sua família tinha uma “tradição de amor pela Educação”, nas palavras do egresso. Esse incentivo despertou sua curiosidade pelo conhecimento e pelas Artes, assim o jovem sempre esteve envolvido com pintura, música, teatro e cinema. Devido a esses interesses, optou pelo curso de Arquitetura e foi aprovado na Unesp, câmpus de Bauru. Sua trajetória acabou o levando para a área da Cultura, hoje, ele é arquiteto e superintendente de projetos no Museu Catavento na capital paulista.


“Optei pela Arquitetura porque me parecia uma carreira abrangente o suficiente para abarcar todos os meus interesses, entendendo a construção do espaço como bom caminho para compreender o passado e atuar no presente com ações ligadas à criação”, declara Ricardo. 


Após sua formatura, a curiosidade e interesse pelas Artes prevaleceu, em 2004, ele iniciou um mestrado em "Arte, História, Arquitetura e Cidade", na Universidade Politécnica de Barcelona (Espanha). Onde ele viveu até 2009, Ricardo afirma que foi uma oportunidade para estudar e vivenciar espaços e assuntos que lhe interessavam, além de poder trabalhar na sua área.


Como é a atuação de um arquiteto no Museu Catavento?


O Palácio das Indústrias, que hoje é chamado de Museu Catavento, é um patrimônio histórico tombado, inaugurado em 1924 para sediar exposições relacionadas à indústria paulista. Atualmente, a estrutura funciona como um museu interativo de Ciências e também abriga outras exposições. 


O egresso está há 15 anos trabalhando no museu, ele atua com projetos de manutenção do Palácio das Indústrias e das exposições. Também faz projetos de ampliação e adequação nos espaços internos, curadoria de exposições e planejamentos estratégicos para projetos futuros.


Os bastidores das exposições no Museu Catavento. Foto: arquivo pessoal de Ricardo Pisanelli.



Ricardo conta: “Aqui encontrei um lugar onde pude desenvolver os mais diversos aspectos da minha formação. Trabalho com projetos expográficos de um museu de Ciências, atuando com uma equipe de cientistas para desenvolver projetos de exposições, o que representa uma parte do trabalho da qual tenho muito gosto, pois envolve pesquisa, historiografia, publicações, tecnologia, design, cenografia, arquitetura, além da gestão dos projetos”. 


A arquitetura do Palácio das Indústrias, onde hoje é o Museu Catavento. Foto: arquivo pessoal de Ricardo Pisanelli.


O egresso explica que o museu é administrado pela Organização Social “Catavento Cultural”, que também administra as “Fábricas de Cultura”: um programa da Secretaria de Cultura do Estado. Esses espaços oferecem formações gratuitas em áreas relacionadas à dança, ao teatro, à música e à tecnologia. Assim, Ricardo também projeta e adapta os edifícios selecionados para serem sede das Fábricas de Cultura.


“Conto com uma equipe de arquitetos e designers para o dia a dia do setor de projetos, mas, dependendo das especificidades de cada projeto, montamos equipes interdisciplinares para desenvolvimento e execução”. 


O perfil do profissional de Arquitetura


Ricardo explica que os profissionais de Arquitetura podem atuar em diversas áreas, apesar de haver uma visão de que a atuação deles se restringe a projetos residenciais e prediais.


“Acredito que exista um problema de comunicação dos próprios arquitetos, que não conseguem comunicar as potencialidades de sua formação, criando no imaginário popular uma visão mais limitada da atuação desse profissional. Com minhas atividades na área da cultura, gosto de pensar que colaboro nessa mudança de entendimento sobre o papel do arquiteto aqui no Brasil”. 

  

Relação com a Unesp


Segundo o egresso, a Unesp auxilia os graduandos de Arquitetura a terem essa atuação diversa dentro da profissão: “O curso de Arquitetura da Unesp em Bauru tem a característica de formar arquitetos generalistas, no melhor sentido do termo, pois abrange os mais diversos aspectos da profissão. Os alunos têm na sua formação tanto os aspectos técnicos ligados à engenharia de edificações, como também uma ênfase nos conteúdos sociológicos, conceituais e artísticos”. 


Ele afirma que a Unesp foi fundamental para sua formação profissional e pessoal, dando base para os aprofundamentos que ele teve no mestrado, posteriormente. Ricardo comenta que o câmpus de Bauru por ter vários cursos também lhe deu a oportunidade de explorar as disciplinas de outras formações.


“Como curioso que sou, pude aproveitar um intercâmbio enriquecedor com diversas disciplinas, fazendo da universidade um verdadeiro universo de possibilidades. Nas vivências de repúblicas, estudos coletivos, movimento estudantil, festas e viagens, conheci meus melhores amigos e minha companheira de vida, Mary Cristina, com quem hoje tenho um filho, fruto desse encontro, chamado Tomás. Por fim, como cidadão paulista, sou agradecido e sinto orgulho por ser formado em uma universidade pública como a Unesp e me sinto feliz por atuar como arquiteto na área de museus em um equipamento público do Estado de São Paulo”. 


Para conferir a agenda cultural e programar uma visita ao Museu Catavento, pode-se acessar o site da instituição ou seguir o perfil do museu no Instagram.





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