
Separar o lixo reciclável é algo que somos ensinados por meio de campanhas de comunicação do governo e também é um tema presente na mídia e na publicidade, mas você já ouviu falar sobre o descarte correto de medicamentos? Devido a falta de informação sobre esse tema, um grupo de graduandos, pós-graduandos, profissionais e docentes do Instituto de Biociências e da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) decidiu criar um projeto de extensão voltado para conscientização: o “Remedoando”. O grupo também aborda questões como automedicação, armazenamento e doações de medicamentos.
O projeto tem apoio da Proec (Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura) e é formado por uma equipe multidisciplinar. Esses estudantes e profissionais perceberam a falta de campanhas que incentivem o consumidor a descartar os remédios de forma adequada.
O grupo alerta que as pessoas frequentemente fazem o descarte de remédios no vaso sanitário, na pia ou no lixo comum. Sendo que o sistema de saneamento básico não está preparado para filtrar esses tipos de substâncias, o que leva à contaminação de lençóis freáticos.
A poluição de rios também foi um assunto pesquisado pela Universidade de York (Inglaterra), que observou a presença de paracetamol, anticoncepcionais e de medicamentos para epilepsia e diabete nas águas de rios de países da Ásia, da América e da África. A presença dessas substâncias afeta a saúde humana e a biodiversidade aquática.
Qual a forma correta de fazer o descarte de medicamentos?
Pessoas de qualquer local do Brasil podem descartar medicamentos em Unidades de Saúde ou em farmácias, que já seguem procedimentos seguros para descarte de remédios.
Para quem é de Botucatu, a biblioteca da Unesp, no câmpus Rubião Júnior, se tornou um ponto de coleta de medicamentos. Os condomínios Ilhas Gregas na Vila Jardim, Residencial Bulgária, no Jd. Juliana e Residencial Parque Baltimore, no Jd. Paraíso, também se tornaram pontos de coleta de medicamentos.
Automedicação, armazenamento de remédios em casa e doações de medicamentos
O projeto de extensão também faz ações de conscientização sobre os perigos da automedicação, ressaltando que todo o tratamento necessita de acompanhamento e indicação médica.

Publicação do projeto em rede social. Foto: divulgação.
A equipe do “Remedoando” também utiliza as redes sociais para abordar sobre a maneira correta de armazenar medicamentos. É preciso mantê-los longe do alcance de crianças, em suas embalagens originais, em locais sem incidência de luz e em ambientes frescos e secos. Colocar remédios dentro da geladeira só é indicado se houver essa informação na bula e nunca reutilize frascos de medicamentos.
O “Remedoando” também estimula a doação de remédios que estejam dentro do prazo de validade para pessoas de baixa renda. Entretanto, essa doação deve ser feita por meio de farmácias comunitárias ou em pontos de coleta, que são locais em que a checagem desses materiais será feita corretamente.
Acompanhe o projeto por meio do perfil no Instagram @remedoando, em caso de dúvidas entre em contato pelo email: bremedoando@gmail.com ou pelos telefones (14) 3880-0597 e (14) 3880-0585.