Operadora de câmera da Rede Globo conta sobre sua carreira e sobre sua experiência na Unesp | Alumni Unesp
Notícias fresquinhas para você ficar atualizado.
Publicado em:
29/01/2022
29/01/2022
Tempo de leitura: 6 min

Operadora de câmera da Rede Globo conta sobre sua carreira e sobre sua experiência na Unesp
A ex-aluna destaca como a formação humana proporcionada pela faculdade mudou sua vida pessoal e profissional



Fernanda Rúbia é egressa do curso de Rádio e Televisão da Unesp (RTV), pelo câmpus de Bauru. Ela se formou em 2019, durante a graduação fez diversos trabalhos como freelancers, projetos de extensão e um estágio. Após a sua graduação, em 2020, a egressa passou a atuar como operadora de câmera da rede Globo, onde está trabalhando atualmente.


A unespiana conta que “poderia sintetizar o curso de RTV como uma grande surpresa, durante o cursinho pré vestibular, eu não fazia ideia do que estava me proporcionando. Quando olho para trás, principalmente hoje, vejo que foi uma das maiores surpresas que já aconteceram comigo. A minha experiência na Unesp mudou a minha vida, pode parecer clichê, mas eu não estava esperando toda essa mudança e sou grata todos os dias”.


Fernanda Rúbia com a apresentadora Maju Coutinho nas gravações do Jornal Hoje. Foto: arquivo pessoal de Fernanda.



Dentro de suas escalas como operadora de câmera, Fernanda já fez trabalhos para o Globo Esporte, Bem Estar, Jornal Hoje e documentários na Globo Play ( Você Nunca esteve Sozinha e Falas Femininas).

Foto: arquivo pessoal de Fernanda.


A egressa afirma que é apaixonada por sua área. Fernanda está trabalhando também com transmissões “ao vivo” e, para ela, a adrenalina diária causada por essa responsabilidade é algo que lhe motiva. Em sua entrevista, a radialista também destacou o quanto a parte teórica voltada para as Ciências Humanas modificou a sua jornada como pessoa e como profissional. 


Nos conte um pouco sobre o seu trabalho, como é a sua rotina e do que você mais gosta em sua profissão?


Em geral, já passei por alguns lugares e sou apaixonada pela minha área. Atualmente, opero câmera para a televisão, gosto muito de fotografia como um todo. Por exemplo, se eu preciso contar a história daquela maçã em cima da mesa, posso colocar uma câmera de diversos ângulos e posso iluminar essa maçã de diversas formas, posso trabalhar inúmeras possibilidades de como retratar visualmente e sou apaixonada por isso. A imagem pode estimular uma opinião, uma subjetividade ou uma ideia, então trabalhar pela Comunicação ou pela Arte é uma das minhas maiores paixões. 


Hoje, trabalho no formato “ao vivo”, gosto muito porque me dá uma adrenalina diária. Não importa quantas vezes eu faça aquele produto. Costumo comparar com uma atleta de vôlei, ela pode ter todo o preparo para fazer um saque, mas se naquele momento ela errar isso custa um ponto que pode ser irreversível. A imagem para o “ao vivo” tem essa adrenalina, todos os dias tenho que estar com uma cabeça boa para visualizar planos bonitos esteticamente e que passem corretamente a mensagem.


É isso que faço no meu dia a dia, honestamente tento operar essa máquina da melhor forma possível, atendendo o que a corporação exige, o que a técnica exige, mas sempre com esse olhar para o que estou retratando. Diariamente, manusear essa linguagem é uma das coisas que eu adoro no trabalho “ao vivo”. 


Como a graduação contribuiu para que hoje você pudesse exercer sua profissão?


Me sinto na obrigação de falar que minha graduação me formou muito em princípios, valores e me fez ter uma construção humana. Essa conscientização social sobre é uma das coisas mais importantes que a graduação contribui. Nós, da Comunicação, vamos aprender a parte técnica, mas com a bagagem da Unesp a gente não quer só comunicar da melhor forma técnica. Se formos falar sobre um tema acabamos automaticamente nos preocupando se estamos excluindo algum grupo social e se estamos aproveitando esse espaço midiático para construir uma premissa melhor de mundo. 


Sobre a parte técnica, a graduação me pôs em contato com um lado sucateado da área, quando vc vai para um lugar com melhores condições de trabalho, em relação a equipamentos e divisões do ofício, você tende a se moldar mais facilmente. Isso é triste na verdade, é complicado a gente romantizar essa ideia, mas é fato que isso ajuda. Gostaria que tivesse mais investimento no curso e um pouco mais de olhar para nossa área que não é tão valorizada.


Como foi sua vida profissional após a formatura? 


RTV é bem discrepante das outras áreas, tem muitos tipos de atuações, mas, também, muitas atuações informais. Eu já fazia trabalhos freelancers durante a graduação, pois a gente começa a tentar se inserir no mercado de trabalho durante o curso. Há quem termine a graduação e vá para uma área cinematográfica, que normalmente tem uma contratação como Pessoa Jurídica (PJ). Assim como, quem vai pra área de Publicidade. Já as contratações em CLT ocorrem com mais frequência na área televisiva. Além de todo o mercado informal que RTV proporciona. Eu tentei me atirar para tudo que achava interessante, esses trabalhos desenvolvidos também me ajudaram a custear a minha época de graduação. 


No final da minha graduação, já tinha atuado em quase todos esses eixos. O profissional radialista acaba passando por muitas coisas ao mesmo tempo, você pode estar terminando o TCC, fazendo um trabalho freelancer para se sustentar e já estar procurando oportunidades na área que você gostaria de trabalhar. Com os freelancers e o estágio durante a graduação, fui guardando dinheiro para fazer alguns cursos em São Paulo. Isso também é muito interessante para nós, fazer cursos complementares em fotografia, produção, assistência de direção…… Basicamente me atirei em tudo que imaginei que fosse viável e passei por esses diversos setores.


Nos conte um pouco sobre você, de onde é e por que optou por Rádio e Televisão na Unesp? 


Eu nasci em São Paulo e vivi boa parte da vida em Jundiaí. Durante o meu ano de cursinho, já estava muito focada em querer a Unesp e somente a Unesp. Sobre a profissão, eu tinha apenas uma noção, fiz uma comparação entre cursos na época e tive vários motivos que me levaram a querer o curso de “Comunicação Social - Radialismo", que era o nome do curso em 2015.


Eu sempre quis uma Universidade Pública, queria ter esse contato. Para mim a Unesp sempre foi uma referência, por ver pessoas de outras áreas buscando essa universidade. Além disso, tenho família em Botucatu, então eu via meus parentes frequentarem o Hospital das Clínicas da Unesp (HCFMB) e sempre percebi que eles viam com muita referência o nome e o peso da Unesp. Dentro das minhas possibilidades pessoais, decidi pelo curso de RTV, tanto pelo título, como por um certo endeusamento da faculdade. 


Escolhi RTV porque gosto de me comunicar, no Ensino Médio me dei conta que gostaria de entrar para área de Humanidades, principalmente Comunicação. Fiquei em um dilema entre Jornalismo e RTV, acho que as duas áreas trabalham com a desconstrução de valores, mas decidi que queria trabalhar com essa desconstrução voltada para o entretenimento e não tanto para informação, isso me fez escolher entre os dois cursos. 


Na minha visão, você pode desconstruir por embate ou por um produto que passe a mensagem na subjetividade. Gosto muito da inserção de novos ideais por meio de um lado mais artístico e subjetivo, por essas questões, escolhi meu curso entre tantas possibilidades.


Como foi sua experiência no curso de RTV e quais suas principais saudades? 


RTV é um curso muito coletivo, não que outros cursos não sejam, mas é uma área muito coletiva. Eu poderia facilmente falar que a coisa mais importante nessa graduação é a coletividade entre as pessoas. Então, um curso desses dentro de uma universidade pública me transformou, eu não fazia ideia de tudo que eu ia ver e entender. 


Hoje, vejo muito isso no mercado de trabalho, as diferenças entre as universidades particulares e públicas, por causa de toda essa experiência vivida na graduação. O curso de RTV dentro deste formato que a Unesp acaba tendo que proporcionar, friso isso porque a forma como temos o curso ocorre, também, por causa da falta de recurso financeiro e, dessa forma, acabamos tendo uma graduação muito única. Os projetos estudantis ajudam a complementar o curso, a gente tem que se aliar para que dê certo uma ideia, para que possamos criar portfólio e experiências que façam sentido na hora de sair da faculdade.


Na minha graduação são 30 alunos por ano, os 4 anos de RTV somam uns 120 alunos no total e geralmente todos são muito integrados, trabalhando em muitos projetos juntos. O veterano que chama os calouros para lhe ajudar no TCC está auxiliando na formação de todos esses alunos mais novos. Essa troca tem um peso grande na parte prática do curso. 


Temos, também, uma bagagem teórica gigante e é muito legal ter tido essa oportunidade, dentro de um curso de Comunicação. Em nosso curso, geralmente, é comum uma ânsia por matérias práticas em contrapartida de algumas teóricas, mas valorizo muito essa bagagem teórica na construção de profissionais para o mercado que tenham uma responsabilidade social. Os unespianos passam por um processo na graduação de desconstrução, entendimento do outro, empatia, construção de valores sociais e ambientais Pessoalmente, acho isso uma das coisas mais bonitas, pois vejo que as pessoas passam por essa universidade e mudam.


O curso de Rádio e TV na Unesp é feito por pessoas. Pessoas no sentido mais humano da palavra, servindo a disseminação de conteúdos práticos e teóricos na oralidade e na experiência entre as partes.


Minhas saudades são de poder viver essa coletividade e de estar em constante processo de aprendizagem, discutindo abordagens de mundo em um mundo que nunca para, que tem bilhões de questões para serem discutidas a todo tempo. 


Na Unesp, você aprende quando está na aula, aprende dentro de uma vivência de república, aprende em experiências no câmpus e tudo isso na faculdade é intenso porque acontece muita coisa ao mesmo tempo, é um processo constante.










Últimas notícias

Banca Vunesp divulga concurso com salário até R$16.413 para atuar em Praia Grande As vagas se destinam a profissões variadas e as inscrições estão aberta até 15 de maio
Egresso conta sobre os bastidores de sua atuação na Folha de S. Paulo O jornalista Matheus Ferreira trabalha na editoria “Comida” e no “Guia Folha”
Livraria Unesp celebra o Dia dos Povos Indígenas com promoção de livros temáticos Outros catálogos também estão com ofertas de até 40%