Egresso apresenta dicas sobre processos seletivos de trainee | Alumni Unesp
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Publicado em:
03/12/2021
03/12/2021
Tempo de leitura: 7 min

Egresso apresenta dicas sobre processos seletivos de trainee
Vítor Preto é formado em Relações Públicas e, hoje, está atuando na empresa Vivo



Vítor Preto tem apenas 25 anos, mas já atuou no banco Nubank, como Analista de Experiência do Consumidor (Xpeer), por dois anos e, agora, está trabalhando como trainee da empresa Vivo. Ele se graduou em Relações Públicas pela FAAC (Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação) da Unesp, e, agora, está cursando um MBA em Gestão de Negócios em Ambientes Digitais pela ESPM, que é voltado, especificamente, para os trainees da Vivo. O egresso separou algumas dicas sobre processos seletivos de trainee e como se organizar para uma entrevista de emprego. 


Os programas de trainee de grandes empresas são uma forma de ganhar experiência e até uma possível contratação, além disso há vários benefícios, como no caso do Vítor que pôde ter acesso a um MBA custeado. O ponto negativo é que há um grande número de inscritos e dessa forma as empresas não conseguem avaliar todos os candidatos, as primeiras fases dos processos seletivos, acabam cortando várias pessoas, como conta o egresso.


Vítor ressalta que tem muitas saudades de sua graduação na Unesp e que é grato a muitas pessoas que fizeram a diferença durante esse período, como professores, servidores, amigos e o apoio de seu pai. Além disso, ele valoriza a experiência que teve no projeto de extensão INCOP (incubadora de cooperativas populares), onde auxiliou trabalhadores de agricultura familiar e produtores locais da cidade de Bauru. “Poder devolver para a sociedade o conhecimento produzido dentro da universidade é o que fez mais sentido para mim durante a graduação”.  


Em entrevista para o Portal Alumni, ele contou um pouco sobre sua trajetória e compartilhou informações que podem auxiliar recém-formados que estão em busca do primeiro emprego:


Nos conte um pouco mais sobre você, por que optou por estudar Relações Públicas na Unesp?


Sou de São Paulo e durante a preparação para o vestibular tive aquelas mesmas dúvidas de sempre: "Qual o curso vou prestar?", "Qual a rotina de trabalho de quem se forma nesse curso?", "Será que vou ter emprego se decidir por esse curso?", entre tantas outras.


A minha maior certeza era que após um ano de cursinho pré-vestibular, eu não tinha escolhas a não ser entrar em alguma universidade. Então, durante esse ano de estudos, me aprofundei também na missão de tentar entender o que faria sentido para o meu futuro, e o que eu me via fazendo depois de formado. Ao final do ano, optei por prestar Geografia na Fuvest e Relações Públicas na Unesp. Acabei passando nos 2 cursos mas optei por Relações Públicas, por acreditar que o futuro profissional seria mais promissor na área da Comunicação Social. O que veio a se confirmar, com a importância cada vez maior da Comunicação em nossas vidas nesses últimos anos de intensificação no uso da internet e das ferramentas de comunicação.


O que foi mais importante para você em sua graduação?


Muitas coisas foram importantes para que eu pudesse finalizar a graduação, então vou elencar algumas. A primeira delas foi o apoio do meu pai, que possibilitou que eu pudesse sair de casa e arcar com os custos de me manter em uma cidade distante da minha. Além de todo apoio emocional que ele me proporcionou e que, sem dúvidas, fez toda a diferença em momentos difíceis. Depois disso, acredito que as pessoas que estiveram comigo durante a graduação foram muito importantes para que tudo acontecesse da melhor maneira possível. E aqui, além dos amigos, claro, tenho que incluir os servidores técnicos administrativos, que estiveram disponíveis para resolver questões burocráticas de matrícula, auxílio aluguel, estágio, e outras tantas; professores, que são verdadeiros guias no nosso desenvolvimento acadêmico e pessoal e amigos, lógico, com os quais compartilhei momentos únicos que levo com muito carinho para o resto da vida.


A última coisa que entendo como super importante durante a graduação foi a possibilidade de participar dos projetos de extensão. Esse pilar da Unesp é maravilhoso, poder devolver para a sociedade o conhecimento produzido dentro da universidade é o que fez maior sentido para mim durante a graduação. Se eu pudesse voltar no tempo, com certeza aproveitaria ainda mais as oportunidades que a Unesp oferece.


Como entrou para o Nubank e como foi essa experiência?


Então, depois de me formar em dezembro de 2018, estava oficialmente desempregado. Aí foi aquela loucura de passar o dia inteiro mandando currículos, procurando vagas no Linkedin, fazendo algumas entrevistas, enfim. Essa é uma fase bem ruim, né? Eu tinha noção de que seria péssimo mas não esperava que fosse tanto. Acabei tendo muita sorte e em fevereiro de 2019 já estava começando no Nubank.


O processo seletivo é bastante concorrido, são centenas de pessoas de formações e habilidades bastante diversas, mas consegui me destacar nas etapas presenciais. Uma amiga muito próxima da minha sala de RP também conseguiu a vaga, então foi uma alegria dupla.


Trabalhar no Nubank foi realmente incrível. Fiquei na empresa por 1 ano e 10 meses, fui promovido com apenas 10 meses, tenho muito orgulho de ter iniciado minha carreira em uma empresa com uma cultura tão aderente aos meus valores. O ambiente é super diverso, a liberdade e autonomia dada aos trabalhadores é ótima. Tudo isso te proporciona se desenvolver e ser a melhor versão de você mesmo, porque é muito mais fácil se conectar ao trabalho de uma maneira saudável e que facilita o crescimento profissional.

 

Como foi a decisão de fazer o Trainee da Vivo?


Olha, foi uma decisão importante. O que acontece é que durante a graduação os programas de Trainee são comentados como ótimas oportunidades de ter um crescimento profissional rápido, com visibilidade e feedbacks. Eu, para ser bem sincero, nunca botei muita fé nos programas porque sempre soube que eles eram muito concorridos e sempre entendi que minhas probabilidades eram bem pequenas. Mas, como não custava tentar, fui tentando.


Então, quando me formei em 2018, me inscrevi em vários programas, muitos mesmo. É sempre bem desgastante participar desses processos porque as primeiras etapas são de desafios que tem como finalidade eliminar a maior quantidade de pessoas possível. Em 2018, cheguei até a etapa presencial do programa de uma empresa grande de produtos para casa. Fui eliminado nessa etapa presencial porque fiquei muito nervoso e não estava maduro para assumir as responsabilidades, os outros concorrentes tinham mais experiência profissional, enfim, e eu não me conectava tanto com a empresa e sua cultura, então tudo bem não ter dado certo, serviu de experiência.


No ano de 2019 eu tinha sido promovido recentemente, então decidi não tentar nenhum processo de trainee e no ano de 2020 era minha última oportunidade, pois a maioria das empresas estavam aceitando pessoas formadas até 2018. Então, com muito incentivo da minha parceira, me inscrevi em alguns processos, mas fui bem seletivo e só me candidatei em organizações que eu me conectava. Entre essas empresas estava a Vivo, que tem um programa de diversidade bastante desenvolvido na organização, ações socioambientais relevantes e tem o objetivo de se tornar um hub de tecnologia - utilizando métodos da cultura ágil, por exemplo, bastante difundida em startups.

Para minha surpresa, não fui eliminado nas etapas iniciais do processo - nas quais são eliminados a maior quantidade de candidatos e cheguei até as etapas "presenciais" novamente. O processo foi todo remoto, de qualquer forma, as etapas finais permitiam que os candidatos tivessem contato com os gestores e o time de recursos humanos. Acredito que consegui aproveitar o ambiente digital do processo para ficar mais à vontade durante as dinâmicas, dominar o nervosismo e me destacar o suficiente para conquistar uma das 30 vagas disponíveis para 41.007 concorrentes. 


Como está sendo a experiência como trainee da Vivo?


Tem sido uma experiência única, tudo que dizem sobre ser uma oportunidade fantástica para o desenvolvimento profissional é verdade. Sei que cada organização desenvolve uma agenda no programa de trainee com propostas diferentes, mas o programa organizado pela Vivo é bastante abrangente e tem propostas para proporcionar o desenvolvimento dos trainees de diversas maneiras. Entre as ações programadas estão o curso de MBA na ESPM, possibilidade de realizar no mínimo 2 rotações por qualquer área da empresa, contato próximo com executivos, jornada de desenvolvimento com temas relevantes profissionais e pessoas, programas de capacitação, ciclos de feedbacks periódicos e a possibilidade de se envolver com um projeto grande e que impacta a organização e a vida de milhares de pessoas.


Então tem sido muito bom, uma oportunidade que pode mudar - e muito - a vida profissional dos que participam da programação desenvolvida e que tem o investimento e apoio que é proporcionado para os trainees. Entre as iniciativas que demonstram esse investimento, está o MBA da ESPM que é oferecido pela Vivo.


O MBA tem uma grade bastante ampla, abarcando desde temas de negócio aos temas de Comunicação e Marketing. O curso é desenvolvido especificamente para os alunos da Vivo, então é bastante personalizado para dar enfoque nos temas que são relevantes para o negócio da empresa.


Quais dicas você daria para estudantes que desejam se candidatar para programas de trainee?


A primeira e, talvez, principal dica que eu posso dar é: se não der certo, a culpa não é sua. A concorrência é absurda, o volume de candidatos é surreal para que qualquer organização consiga avaliar todos igualmente e selecionar os mais capacitados. Essa é a mentalidade que todos que se candidatam em programas de trainee devem ter. Por muito tempo eu fiquei frustrado por não me sair bem nos processos, não ter feedbacks adequados. Hoje sei que o contexto dos programas de trainee são muito exigentes não só para candidatos, mas para os organizadores também. É impossível conseguir dar uma avaliação e uma resposta assertiva para todos os candidatos. Portanto, se você que está lendo pretende se candidatar a algum processo, não se culpe caso não dê certo. Todos os trainees da minha turma atual - são 30 - tem relatos parecidos de não passar em outros processos seletivos. Eu mesmo já fiquei muito desapontado por não conseguir passar e não ter feedbacks, e isso me desmotivou bastante a tentar outros processos. Então, acredito que essa seja a principal dica.


A segunda dica é estar preparado. Após as etapas iniciais, onde a maioria é reprovada, pode ser que você seja convidado a participar de uma etapa presencial e são para essas etapas que os candidatos devem se preparar. É possível encontrar na internet as principais perguntas que são realizadas pelos times de recursos humanos, por exemplo. Também é muito importante tirar um tempo para estudar a empresa que está organizando o programa: saber um pouco sobre sua história, funcionários, modelo de negócios. Muitas organizações disponibilizam um documento para prestar contas aos acionistas, nesse documento constam as ações mais relevantes que aconteceram no último ano. 


O mais importante, ao meu ver, é realizar uma autoanálise e entender quais são seus pontos fortes e fracos, entender como suas atividades e formação contribuíram para seu desenvolvimento, refletir sobre seus objetivos de carreira e elencar seus valores. Em resumo, é preciso saber quem você é. Tendo consciência sobre você mesmo, fica mais fácil se destacar em uma etapa de entrevista, por exemplo, em que você vai exaltar seus pontos fortes, ser franco sobre seus pontos fracos, estar à vontade para falar sobre seus objetivos e mostrar como você se conecta com a organização em que está tentando entrar. 


A terceira dica é aprender sempre. Mesmo estando preparado pode ser que não dê certo, e mais uma vez, pode não ser devido a uma ação específica sua - principalmente se a eliminação vier nas primeiras etapas. Então, para todos os casos, o que resta é tentar extrair as melhores lições dos piores momentos e tentar fazer melhor nas próximas oportunidades. Para isso, é importante refletir bastante sobre como foi seu comportamento durante o processo e identificar os principais pontos de melhoria. Sei que é difícil fazer essa reflexão sem o olhar externo de uma pessoa especializada, sem o feedback adequado, mas vale a pena fazer esse esforço de analisar sua performance porque isso pode, inclusive, te ajudar em momentos da sua vida pessoal.


Dica bônus: Caso você pretenda tentar vários processos é importante gerir a agenda pra não perder os prazos: são muitas coisas pra fazer, as plataformas as vezes não colaboram, enfim, é um pequeno caos quando você está nessa missão. Então, vale a pena se organizar direitinho para entregas as tarefas nos prazos para não ser eliminado por bobeira.


Sente saudades da Unesp?


Todas. Sério, todas. Saudades dos amigos, professores, câmpus, projetos, Bauru, apartamento, festas, repúblicas dos amigos, ponto de carona, Tobaro, Nego Veio, cineminha no shopping, Praça da Paz, Vitória, Getúlio... Saudades de tudo. Todas as saudades possíveis. A Unesp foi um sonho para mim, acredito que para muitos de vocês também, então a saudade é enorme e sempre vai ser. 


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